Bruno Henrique do Flamengo é investigado por manipulação de jogo em Brasília
Foram executados mandados de busca em residências e empresas ligadas ao jogador, incluindo o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Polícia Federal deflagraram a Operação Spot-Fixing para investigar uma suposta manipulação de jogo entre Flamengo e Santos, realizado em 1º de novembro no Mané Garrincha, em Brasília. Entre os investigados está o atacante Bruno Henrique, suspeito de provocar uma infração durante a partida para beneficiar familiares que apostaram que ele receberia um cartão.
As investigações indicam que Bruno Henrique teria agido de forma intencional para receber um cartão amarelo, o que atraiu atenção das autoridades devido a um aumento expressivo de apostas focadas nesse tipo de punição. Segundo o MPDFT, familiares do jogador, incluindo seu irmão e uma prima, abriram contas em sites de apostas pouco antes do jogo e apostaram nessa penalidade específica.
Foram executados mandados de busca em residências e empresas ligadas ao jogador, incluindo o Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo. A Sports Radar, empresa de integridade da CBF, reportou um volume incomum de apostas em torno da infração de Bruno Henrique, destacando que 90% dos palpites se concentraram nesse resultado, o que sugeria conhecimento prévio do evento. Além disso, algumas contas de apostas foram criadas apenas um dia antes do jogo.
Bruno Henrique já possui um histórico de 68 cartões amarelos e 6 vermelhos pelo Flamengo, e a partida contra o Santos resultou em outro cartão, o que contribuiu para as suspeitas. Agora, ele e os demais suspeitos podem ser processados por fraude esportiva, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, com base na Lei Geral do Esporte.
Com a investigação em andamento, Bruno Henrique permanece suspenso na final da Copa do Brasil contra o Atlético-MG, após o Flamengo vencer o primeiro jogo por 3 x 1.
*Fonte: Marcos Paulo Lima/Correio Braziliense