literatura

Sete dias na Selva: a saga de dois homens perdidos na selva amazônica

Decorridos setenta anos do fato, a história é contada por um escritor que vivenciou os momentos de ansiedade, angústia e medo passados por seus familiares.

(Foto: Divulgação)

Um relato fiel de um fato verídico. Assim se define a obra de  José Márcio Brito, um engenheiro que  estreia na literatura contando pormenores de um acidente aéreo sofrido pelo seu pai quando pilotava um avião de pequeno porte levando um passageiro.

Decorridos setenta anos do fato, a história é contada por um escritor que vivenciou os momentos de ansiedade, angústia e medo passados por seus familiares.

José Márcio Brito, era ainda uma criança quando o seu pai, piloto de avião, José Eurico Brito, viveu uma verdadeira aventura na selva amazônica, correndo risco de morte no meio da mata virgem habitada apenas por animais, muitos dos quais predadores, e silvícolas. Tudo desconhecido pelo piloto José Eurico e seu passageiro Bichat Caldas.

Agora, aos 74 anos, José Márcio decidiu contar esta história e para isto escreveu o livro Sete Dias na Selva – Relato de um acidente Aéreo e uma história de Sobrevivência na Selva Amazônica, editado pela Editora Chave Mestra. Para construir esta narrativa, José Márcio dedicou-se a fazer pesquisas sobre o fato, amplamente noticiado à época, contou com a ajuda de familiares e baseou-se nas narrativas de sua mãe, Dona Elza, visto que, quando do acidente José Márcio tinha apenas quatro anos de idade. 

A obra foi construída, com riqueza de detalhes, com narrativa fiel aos fatos e apresentação elegante e moderna, para proporcionar uma boa leitura.

7 Dias na Selva foi lançado em concorrida noite de autógrafo, no Multicenter Sebrae, no Calhau, com a presença de familiares, amigos  e de personalidades da sociedade ludovicense que foram prestigiar o evento literário. O lançamento contou com a participação do cantor e compositor Roberto Rafa (José Roberto) irmão do escritor José Márcio.

Na ocasião, o escritor José Márcio Brito, falou de sua satisfação em escrever aquele livro que teve a conotação de prestar uma homenagem aos seus pais e também de documentar um fato que marcou a história da aviação no Maranhão. Reconhece que foi uma atividade trabalhosa, mas compensada pela satisfação de realizar o que chamou de um sonho e poder deixar para as gerações futuras uma história sobre um fato real que causou grande consternação na cidade e depois uma enorme alegria quando foi dado o conhecimento do resgate dos ocupantes do avião de pequeno porte, sinistrado.

 Desvelo e Dedicação

O autor José Márcio se dedicou em fazer pesquisas e, com documentos e informações de familiares, construiu um relato fiel da saga vivida pelo seu pai, o piloto José Eurico Brito e o seu passageiro Bichat Silveira Caldas, irmão do então deputado federal  Lister da Silveira Caldas e do desembargador Tácito Caldas.  Os dois saíram de São Luís num avião de pequeno porte à época chamado de “teco-teco”, pertencente à empresa Táxi Aéreo Aliança, para entregar documentos na cidade de Pindaré-Mirim.

No retorno foram surpreendidos por uma tempestade repentina, e sem maiores recursos técnicos, o piloto ficou sem a localização correta e aeronave ficou sem combustível. O piloto José Eurico com muita técnica e habilidade conseguiu fazer um pouso forçado em uma clareira a quinhentos metros da margem do Rio Jararaca, afluente do Rio Gurupi, sem se alimentar até que no quarto dia foram resgatados por um índio da etnia Tembé que os levou para a aldeia. De onde viajaram por mais dois dias em uma piroga (canoa pequena), até chegar à civilização e comunicar às respectivas famílias que estavam vivos, visto que já eram tidos como mortos diante do insucesso das buscas para localizá-los.

Sobre o livro

Quando um voo de uma pequena cidade do interior do Maranhão com destino à capital, São Luís, se vê obrigado a fazer um pouso de emergência na Floresta Amazônica, o piloto e o seu companheiro de viagem são lançados em uma batalha pela vida em meio à selva desconhecida. 

São sete dias numa mata repleta de perigos, em que esses dois homens, com uma determinação e um espírito de superação fora do comum, enfrentam, num cenário hostil, a fome voraz, a exaustão, o calor sufocante durante o dia, as doenças e os predadores. 

A jornada pelo rio, numa canoa a remo, durante dois dias, em busca da civilização, passa por momentos dramáticos, em águas traiçoeiras. Mas, em meio ao desespero, esses homens, na companhia de um indígena que os resgatou na floresta, encontram uma chama de esperança que os impulsiona adiante, numa vontade implacável de reunir-se com suas famílias e dizer-lhes que estão vivos.

Este livro é uma história de coragem, determinação e capacidade do espírito humano de superar adversidades e desafios e representa uma celebração da vida, a gratidão pela vida, tendo em vista que os dois ocupantes do avião tiveram uma segunda chance de viver, apesar dos perigos e dos obstáculos difíceis pelos quais passaram. 

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