Joãozinho Ribeiro lança “Safra de Quarentena” dia 10 de outubro
A obra será lançada às 19h, no Convento das Mercês.
“A literatura que pratico é para mim, e sempre será, um ato político de resistência! Ou, no dizer do poeta alemão Goethe: ‘O início e o fim de toda atividade literária é a reprodução do mundo que me cerca por meio do mundo que está dentro de mim’. Já a poesia é o que torna suportável todo o sentimento que carrego comigo; é um ato de sobrevivência, militante e permanente”.
As palavras acima são do compositor, cantor, poeta, escritor Joãozinho Ribeiro sobre sua nova obra, “Safra de Quarentena”, que será lançada no próximo quinta-feira (10), às 19h, no Convento das Mercês.
“Se atrever teu poema / Sobre o silêncio do mundo / É ter que escavar a dor / Dentro de um veio mais profundo / Por que te arriscas, poeta, / Neste mergulho tão fundo?”
O poeta diz não conceber, nem imaginar o ato de existir sem a poesia por perto. “Ela dorme e amanhece dentro de mim, feito um pão que alimenta as minhas necessidades básicas do ofício de viver e de sonhar”.
“Safra de Quarentena” é um momento desta peleja inacabada; verdadeira luta corporal, como a travada por Gullar, estraçalhando o traçado do poema para poder salvar a própria poesia.
Ou como leciona o escritor moçambicano Mia Couto: “A poesia é mais do que um gênero literário. É a licença que damos a nós mesmos para pensar o mundo através do sentimento. Drummond falava desse ‘sentimento do mundo’ que é tão vital e que foi desvalorizado como algo que pertence ao departamento das artes.”
Segundo o autor, nos 45 poemas selecionados para o livro, ele teve de conciliar as normativas da chamada pública do Grupo Editorial Caravana (Ouro Preto/MG) com tudo aquilo que entendeu como suficiente e necessário para caber nessa primeira edição.
“Reconheço não ter sido fácil a tarefa de cortar na própria carne; ou no próprio verso, que no princípio era o verbo, como me ensinaram nos tempos de coroinha, na Igreja do Carmo; e nos cultos evangélicos que frequentei quando criança”.
“Safra” é definida como a colheita possível, imposta pelas restrições da “Quarentena” sanitária e editorial. “Uma colheita encharcada de sinceridade poética. Ora carregada de tristeza e torpor; ora embriagada da insuportável esperança na capacidade dos versos em aumentar a humanidade do planeta.”
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