Com residência artística, oficinas e exposição, projeto Pular N’Água estreia no MA neste sábado (19)
A ação, que combina artes visuais e literatura, passará por São Luís e Alcântara e terá três oficinas e uma exposição.
Neste mês de outubro, o Maranhão contará com a realização de uma ação cultural especial voltada para a combinação entre as artes visuais e a literatura. O projeto Pular N’Água, que propõe um mergulho e um trânsito artístico entre artistas nacionais e maranhenses, será realizado em São Luís e Alcântara. A estreia será neste sábado (19), no Chão SLZ, na Rua do Giz, 167, no Centro Histórico da capital.
O Pular N’Água realizará diversas ações nas duas cidades, como oficinas, residências artísticas e uma exposição, que ocorrerão, paralelamente, tanto em São Luís quanto em Alcântara. Além do Chão SLZ (em São Luís), em Alcântara, as atividades serão realizadas no Museu de Alcântara, localizado na Praça da Matriz, no Centro da cidade; e também no Centro de Produção Cerâmica de Itamatatiua, na Estrada de Pinheiro.
O corpo de residentes é formado por um artista visual e um escritor brasileiros, convidados a viajarem para o Maranhão, além de um artista e um escritor residente do território maranhense. São eles: Sophia Pinheiro (GO) e Romildo Rocha (MA), ambos artistas visuais; e Josoaldo Lima Rêgo (MA) e Geovani Martins (RJ), ambos escritores.
Durante o projeto, os artistas locais participam das ações também como anfitriões, apresentando referências e expressões culturais locais a todos os participantes do programa, potencializando o intercâmbio. Ou seja, uma forma de fortalecer a construção de redes colaborativas entre instituições, artistas e comunidade, potencializando a valorização de conhecimentos, práticas e saberes locais do território maranhense.
O projeto Pular N’Água tem patrocínio do Banco do Nordeste Cultural, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Com concepção e produção geral do Chão SLZ e da Organik Produções, o projeto conta com curadoria e coordenação geral de Paula Signorelli e Samantha Moreira, além de produção executiva da Mariana Cronemberger e apoio da Casa do Sereio, Centro de Produção Cerâmica de Itamatatiua, Museu de Alcântara e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
Oficinas gratuitas
Uma das principais atividades do projeto em sua passagem pelo Maranhão será a realização de três oficinas gratuitas oferecidas ao público em geral. A primeira delas será a de Escrita Criativa, com Geovani Martins, que ocorrerá no Chão SLZ, nos dias 19 e 26 de outubro (sábados), das 15h às 17h (as inscrições estão encerradas).
A oficina propõe um espaço dedicado à escrita criativa ao longo de dois encontros e focará em destacar os principais fundamentos do texto literário: o argumento, a estrutura e a linguagem. A partir de alguns contos do livro “O Sol na Cabeça”, de Geovani Martins, serão investigados caminhos possíveis para escrever uma história.
Já no dia 23 de outubro (quarta-feira), das 17h às 21h, o escritor maranhense Josoaldo Lima Rêgo oferece a oficina de Poesia/ Escrever a Paisagem para o público de Alcântara – as inscrições são gratuitas e podem ser feitas no link.
A oficina propõe construir um espaço de criação baseado na escrita e na observação dos lugares e da paisagem de Alcântara. Nas quatro horas de encontro, que acontecerão no Museu de Alcântara e em caminhadas no seu entorno, os poemas de Maria Firmina dos Reis (“Itaculumim”) e Manuel Bandeira (“A Onda”) serão os guias para pensar o poema e a cidade.
Também em Alcântara, a artista goiana Sophia Pinheiro apresentará uma oficina artística com ênfase na troca de práticas artísticas, pedagógicas e saberes ancestrais junto às ceramistas da comunidade de Itamatatiua.
A ação, prevista para 21 e 22 de outubro, é aberta ao público (sem inscrição) e será no Centro de Produção de Cerâmica de Itamatatiua. Durante os encontros, será proposta uma criação colaborativa de máscaras de barro, a partir das técnicas desenvolvidas pelas quilombolas, assim como a utilização de pigmentos naturais para tingir o barro, em um intercâmbio de saberes junto às mulheres indígenas Baniwa, mediado pela artista.
Exposição
Além da residência artística e das oficinas, o Pular N’Água também contará com uma exposição inédita em sua programação. A ação, no caso, é resultado do processo artístico proposto na residência em São Luís e Alcântara, um mergulho nas vivências artísticas dos encontros realizados por meio das demais ações.
A exposição estreia no dia 26 de outubro, às 19h30, no Chão SLZ – a visitação poderá ser feita no período de 28 de outubro a 30 de novembro. Produções de Sophia Pinheiro (GO), Romildo Rocha (MA), Josoaldo Lima Rêgo (MA) e Geovani Martins (RJ) estarão em destaque na exposição.
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