O homem que ejaculou nas costas de uma vendedora de roupas, na última quinta-feira, em loja de São Luís, foi preso autuado pelo crime de estupro. De acordo com a Polícia Civil, o homem afirmou à guarnição que cometeu o crime por ter “uma compulsão de natureza sexual”.

Em todo o ano passado, segundo informações da Coordenadoria das Delegacias da Mulher no Maranhão, foram registrados 505 casos de estupro no estado. Somente de importunação sexual, foram 492 casos em todo o estado em 2023. Neste ano de 2024, 516 registros no Maranhão, e na capital, 89.

Por esses e outros crimes de natureza contra a mulher, neste ano de 2024, até o mês de setembro, foram efetuadas 419 prisões de acusados por cometimentos de crimes como ameaças, estupros, agressões, lesões corporais, descumprimento de medidas protetivas, importunação sexual, feminicídios, dentre outros. Nesse mesmo período também foram requeridas 3.672 medidas protetivas na capital.

A mulher deve continuar denunciando, diz delegada

De acordo com a delegada Kazumi Tanaka, a mulher deve continuar denunciando qualquer tipo de violência pelos canais oficiais telefônicos, mas lembra também que outra alternativa, rápida e prática é o aplicativo Salve Maria Maranhão.

“É uma alternativa de denúncia para a mulher que precisa de ajuda porque está numa situação de perigo. Quando ela aciona esse aplicativo, esse acionamento vai direto para o Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança), que é o 190, aí eles mandam a viatura mais próxima para atender a mulher. Muitas mulheres já baixaram esse aplicativo e ele é muito fácil de usar”, disse a delegada. Os canais de denúncia são: 180, 181, 190

Número de feminicídios já ultrapassa o de 2024

A Polícia Civil prendeu no último dia 24 o suspeito de matar Natiany Pereira Mendonça, de 23 anos, a mais recente vítima de feminicídio no Maranhão, morta no último dia 22. Com esse caso, o estado chega a 55 mulheres assassinadas por essa tipificação. Sandro Franco, de 34 anos era ex-companheiro da vítima, assassinada a facadas em sua própria residência, localizada na zona rural do município de Pedro do Rosário.

Embora esse número revele crescimento de casos em comparação a 2023, quando foram 50, em 2022 foram registrados ainda mais casos, 69.

“Esses números mudam muito porque na verdade não existe segurança para a mulher que está vivendo um relacionamento abusivo. O que ela precisa fazer o mais rápido possível é denunciar e pedir ajuda. A gente acredita que as mulheres que notificam a violência sofrida seja apenas 10% do número real de mulheres que sofrem violência, por isso que a gente faz campanha o tempo inteiro de prevenção de educação, levando a informação sobre os canais de denúncia”, disse a diretora da Casa da Mulher Brasileira e Chefe do Departamento de Feminicídio, delegada Wanda Moura.

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