Embora o cenário político brasileiro ainda seja amplamente dominado por homens, as mulheres têm buscado reafirmar seu espaço de maneira cada vez mais assertiva. A luta pela equidade de gênero na política é um caminho longo, mas os números recentes mostram que o avanço é real, ainda que lento. 

Na contramão dessa predominância masculina, sete cidades do Maranhão já sabem que, a partir de 1º de janeiro de 2025, serão governadas por mulheres. Segundo levantamento de O Imparcial, baseado nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esses municípios fazem parte de um universo de 91 cidades brasileiras que têm candidaturas 100% femininas.

No Maranhão, as candidaturas de mulheres são destaque em cidades como: Amapá do Maranhão, Bom Lugar, Brejo, Feira Nova do Maranhão, Fernando Falcão, Santo Antônio dos Lopes e Serrano do Maranhão. Em alguns casos, há uma verdadeira disputa feminina pelo cargo. Amapá do Maranhão, por exemplo, vê Dra. Aline (MDB) e Nelene Gomes (PL) concorrendo à prefeitura. Já em Bom Lugar, Marlene Miranda (União Brasil) disputa sozinha o comando da cidade. No município de Brejo, Olívia Caldas (PSB) é concorrente direta de Thâmara Castro (PT).

Mulheres em busca de espaço político e poder

Em Feira Nova do Maranhão, a disputa está polarizada entre Doutora Sonia Maria, do PDT, e Luiza Coutinho, do União Brasil. Não diferente, em Fernando Falcão, localizado na Região Sul do Maranhão, o confronto eleitoral tem como concorrentes, Raimunda do Josemar (PDT), e Roseli, do (PSB). Já em Santo Antônio dos Lopes as candidaturas à prefeitura da cidade são entre Ana do Gás, do PCdoB, e Cibelle Napoleão, do PL.

Outro fato curioso, e que chama a atenção, ocorre em Serrano do Maranhão onde três mulheres disputam o comando do cargo mais importante do executivo municipal: Gleice Monteiro, do Republicanos, Val Cunha, do PL, e Zana Santos, do PT, revelando a força política feminina na cidade.

Mudança progressiva

Vale ressaltar que a presença feminina no poder, ainda que discreta, sinaliza uma importante virada de página na política brasileira. A tendência de eleger mais mulheres reflete uma mudança progressiva, onde a busca por igualdade de gênero vem ganhando força, desafiando estruturas políticas historicamente ocupadas por homens. Esse movimento não se limita apenas às grandes capitais ou ao nível nacional, mas também se faz presente em regiões menos visadas, como o interior do Maranhão, onde sete cidades serão comandadas por prefeitas a partir de 2025.