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Maranhão lidera discussão sobre energias oceânicas no Rio de Janeiro com projeto apoiado pela Fapema

O evento, promovido pelo Instituto Nacional de Energias Oceânicas e Fluviais (INEOF), contou com o apoio da Fapema e do CNPq.

Reprodução

O estado do Maranhão, em parceria com instituições nacionais e internacionais, está à frente da discussão sobre o potencial das energias oceânicas para a descarbonização da economia. Durante o VI Workshop em Energias Oceânicas, realizado no Rio de Janeiro, pesquisadores e especialistas apresentaram os mais recentes avanços tecnológicos e os desafios para a exploração dessas fontes renováveis. O evento, promovido pelo Instituto Nacional de Energias Oceânicas e Fluviais (INEOF), contou com o apoio da Fapema e do CNPq. 

O projeto apresentando no evento é coordenado pelo professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Oswaldo Saavedra, e tem o cofinanciamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).

O presidente da Fapema, Nordman Wall, participou do evento e destacou a importância dos debates sobre o tema. “É fundamental o investimento em pesquisa em energias oceânicas, para estimular a formação de recursos humanos no estado do Maranhão”, afirmou Nordman. 

“Em nosso estado convergem grandes possibilidades de geração de energias renováveis, por meio de várias vertentes, e as energias oceânicas se revelam com grande potencial”, prosseguiu.

A execução do projeto vai contribuir para uma melhor compreensão e avaliação do potencial oceânico para geração de energia elétrica e irá desenvolver tecnologia para aproveitamentos energéticos oceânicos que se adequem às características do litoral brasileiro. 

Além disso, o projeto visa fortalecer a matriz de energias renováveis da região, promover a formação de uma cadeia produtiva voltada para energias do mar e de recursos humanos qualificados para atender às novas demandas de energias oceânicas.

“Vamos contribuir para a sinergia do desenvolvimento e inovação técnico-científica em uso de energias oceânicas e fluviais, atendendo às demandas da geração de energia renovável para o país, por meio da estratégia de formação de rede, além de promovermos a transferência desse conhecimento para o setor produtivo, sociedade e o Governo”, ponderou o coordenador do projeto, Oswaldo Saavedra.“Além disso, estamos fortalecendo os programas de graduação, mestrado e doutorado pela participação de especialistas visitantes, estimulando o intercâmbio com professores da rede e das instituições parceiras do exterior, incentivando a criação de novos cursos no âmbito desse tema”, concluiu Saavedra.

Sobre o instituto

O INEOF é constituído, há sete anos, por uma rede de cinco universidades federais brasileiras, sendo cofinanciado pelo CNPq e Fapema. Fazem parte do instituto as Universidades Federais do Maranhão, Rio de Janeiro, Pará, Santa Catarina e Itajubá.  

O projeto é financiado pela Fapema, com montante de cerca de R$ 3,5 milhões. Há, ainda, um aporte de aproximadamente R$ 3 milhões pelo CNPq e R$ 645 mil pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), totalizando um montante superior a R$ 7 milhões de reais.

“O apoio de Fapema foi corajoso e fundamental para viabilizar o projeto”, destaca o professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Osvaldo Ronald Saavedra Mendez, que coordena o Instituto.

O projeto conta, ainda, com apoio do setor privado nacional (INESC P&D Brasil) e colaboração de pesquisadores da Índia (Indian Institute of Technology Roorkee), Suíça (Ecole Polytechnique de Lausanne), Dinamarca (Aalborg University), do Reino Unido (Hydro-environmental Research Centre, da Cardiff School of Engineering, Cardiff University). Há, também, a participação de integrantes da Rede Ibero-americana em energias oceânicas (Rede REMAR), apoiada pelo Programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED), que incorpora pesquisadores na Espanha, Portugal, México e outros países sul-americanos.

As discussões ocorridas durante o workshop, encerrado nesta quinta-feira (05) giram em torno do estado da arte em energias marinhas e fluviais, destacando seu papel crucial na descarbonização da economia. O evento também teve o objetivo de promover articulações entre a academia, governo e indústria para o desenvolvimento de tecnologias para a exploração dessas fontes de energia.

O projeto tem previsão de conclusão em 2024, e já foram publicados mais de 22 artigos em revistas internacionais. Além disso, já conta com vários estudos em andamento em energia de ondas, como “Dispositivos captadores de energia”, liderado pelo professor Segen Estefen (UFRJ), “Desempenho de conversores de onda”, (Milad Shadman/UFRJ) e “Gerador linear para energia de ondas (Cesar Castelo Branco/UFMA).

Na linha de energia hidrocinética, há os estudos “Modelagem e otimização de turbinas hidrocinéticas para baixas velocidades” (Jerson Vaz/UFPA), “Protótipo experimental de geração hidrocinéticas no canal do Boqueirão” (Jerson Vaz/UFPA, Osvaldo Saavedra/UFMA e Pedro Bezerra Neto/UFMA) e ”Caracterização energética da Baia de São Marcos” (Audálio Rabelo/UFMA, Felipe Pimenta/UFSC e Maamar El Robrini/UFPA)

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