Os produtos do mar estão em fase de escassez o que está refletindo nos preços praticados nas feiras e mercados de São Luís. A baixa oferta dos peixes, se deve em parte às mudanças climáticas que provocam a ocorrência de fortes ventos e a ausência das chuvas.

As grandes ondas do mar se constituem em uma ameaça aos homens que se aventuram na captura de pescados em alto mar, forçando-os a se ausentarem das atividades laboriosas. Com isso a tendência é que os preços dos pescados alcancem preços nunca praticados. Assim profetiza o empresário Nedilson Pereira, que trabalha na venda e distribuição de pescados no Entreposto de Pescados, no Portinho do Desterro.

Atravessadores vão na fonte

Ele explica que no Maranhão ainda é praticada a pesca artesanal, cuja forma rudimentar de operacionalização, dificulta o trabalho dos pescadores, que não dispõem da tecnologia da pesca industrial.

Ele disse ainda que além dos fenômenos climáticos, tem também a interveniência dos “atravessadores” que estão mudando seus modus operandi, isto é, em vez de esperar na capital pelos empresários que trazem os pescados da região produtora, estão indo para os municípios e adquirem todos pescados nas praias, logo na chegada das embarcações pesqueiras e trazem para a capital para praticar os preços mais elevados, causando graves problemas para o consumidor final, visto que os altos custos pagos aos atravessadores, os revendedores repassam para o consumidor.

Produção insuficiente

Conforme Nedilson Pereira, a produção de pescados das praias pesqueiras do litoral maranhense não é suficiente para atender o consumo da capital, razão prela qual, todos os dias chegam ao Entreposto do Desterro, dezenas de caminhões frigoríficos, vindos do estado do Pará com toneladas de pescados, principalmente de água doce, já que o consumidor não tem boa aceitação pelos pescados do mar importados do Pará que tem sabor diferenciado, e carne com textura mais dura.

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