TJ-MA afasta desembargadores e juízes investigados na ‘Operação 18 minutos’
Segundo o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) os magistrados estão afastados por um período de um ano
O Tribunal de Justiça do Maranhão decidiu afastar, na tarde desta quinta-feira (15), seis servidores investigados na operação 18 minutos, que apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro entre juízes e desembargadores do estado. Segundo o TJ-MA, todos foram afastados por um período de um ano.
A medida foi assinada pelo presidente do Tribunal de Justiça — desembargador Froz Sobrinho. Entre os afastados estão os três desembargadores: Antônio Pacheco Guerreiro Júnior, Luiz Gonzaga Almeida Filho e Nelma Celeste de Souza Silva Sarney Costa.
Também foram afastados os juízes, Alice de Sousa Rocha e Cristiano Simas de Sousa.
O TJ-MA também exonerou uma assessora técnica, Zely Brown Maia, lotada no gabinete da desembargadora Nelma Sarney (que já estava afastada em outro processo).
O IMPARCIAL deixa aberto o espaço para que as defesas de todos os citados investigados na operação se manifestem.
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aciona TJ-MA sobre suspeita de magistrados em organização criminosa
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que o Tribunal de Justiça do Maranhão tome providências para auxiliar nas investigações internas e procedimentos administrativos contra os citados na operação 18 minutos, que investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro entre juízes, desembargadores do Maranhão.
Segundo a determinação do corregedor Nacional de Justiça — o ministro Luis Felipe Salomão —, o TJ-MA deve informar as providências internas adotadas em até cinco dias.
A decisão da Corregedoria também determina o envio de um ofício ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para enviar informações sobre os magistrados supostamente envolvidos no esquema criminoso e auxiliar na instrução do procedimento disciplinar no CNJ.
Segundo as investigações, desembargadores, juízes, advogados e políticos no Maranhão integravam um grupo criminoso que manipulava a distribuição de processos no TJ, deferia alvarás em valores milionários contra empresas, e depois repartia o dinheiro entre si.