O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu a soltura de Francisco Heydyne do Nascimento Sampaio, acusado de planejar o assassinato do empresário Pacovan. A decisão foi tomada pelo ministro Rogério Schietti, que suspendeu a prisão temporária do acusado até o julgamento definitivo do habeas corpus.

A defesa de Heydyne, liderada pela advogada criminalista Sâmara Braúna, utilizou uma extensão de decisão já concedida a Fernanda Costa de Moraes, ex-gerente do Posto Joyce e também suspeita de envolvimento no crime. O ministro, no entanto, não descartou a possibilidade de novas medidas cautelares, como a decretação de prisão preventiva, caso necessário.

Francisco Heydyne e Fernanda Costa foram presos em julho deste ano, após investigações da Polícia Civil do Maranhão apontarem o envolvimento do casal na morte de Pacovan. De acordo com a polícia, o assassinato foi motivado pela descoberta de um desvio financeiro nas contas de Pacovan, supostamente realizado por Fernanda. A pressão do empresário para reaver o valor teria sido a razão do crime.

Fernanda, que trabalhou com Pacovan por mais de 12 anos e administrava grandes quantias em seu nome, era considerada uma pessoa de sua confiança. Porém, nos meses que antecederam o crime, a relação entre eles deteriorou após o empresário suspeitar de um desfalque financeiro. Após descobrir o prejuízo, Pacovan rompeu com Fernanda, que prometeu restituir o valor em cheques parcelados. No dia do assassinato, Pacovan estava a caminho de Zé Doca para cobrar uma dessas parcelas.

Heydyne, caminhoneiro e namorado de Fernanda, foi identificado como cúmplice no crime e preso junto com ela em um hotel em São Luís, em junho.