agosto lilás

Maranhão registra 40 casos de feminicídios neste ano

Em menos de 24 horas dois assassinatos de mulheres foram registrados no estado do Maranhão. o mês de agosto é de combate à violência contra a mulher.

Joanilde Rodrigues foi morta a golpes de faca pelo marido Wendel Silva (Foto: REprodução)

Dois crimes de feminicídio repercutiram em todo o estado ao vitimarem em menos de 24 horas, duas mulheres: Dayane Monteiro, de 26 anos foi morta pelo “amigo” na cidade de Grajaú, no dia 20; e em Amarante, a polícia busca um comerciante e fazendeiro da região – identificado como Wendel Silva (foto) -, acusado de matar a esposa Joanilde Rodrigues (foto) a golpes de faca, na quarta-feira, 21. Wendel também é suspeito de assassinar outra mulher em 2021, em Imperatriz. Esse foi o segundo caso de feminicídio registrado em Amarante neste mês de agosto.


O mês de agosto, dedicado ao combate da violência contra a mulher, já registrou no Maranhão, 7 casos de feminicídio. Já são quase 40 casos em que mulheres foram vítimas de seus companheiros, ou ex-companheiros no estado. No caso de Dayane, o acusado confessou à polícia que era apaixonado por ela.


Logo nos primeiros dias do mês de agosto ocorreram feminicídios nos municípios de Maracaçumé, Governador Luiz Rocha e Amarante do Maranhão.

Dois acusados foram presos em flagrante e um se suicidou após cometer o assassinato. Os três crimes foram cometidos com faca.


“A gente chama a sociedade para que se junte a nós nessa luta em prol da vida da mulher, já que a gente sabe que esses casos de feminicídio geralmente ocorrem com mulheres que ja viviam relacionamentos abusivos há meses, ou até anos, mas infelizmente nunca tinha pedido ajuda, registrado ocorrência policial, ou solicitado medida protetiva. Então, é importante que toda a sociedade se sensibilize e denuncie qualquer caso de violência contra a mulher ligando para 180, 181 ou 190”, comentou a Diretora da Casa da Mulher Brasileira, delegada Wanda Moura.

235 dias – uma mulher é morta a cada 6 dias

De acordo com dados do sistema do Processo Judicial Eletrônico (PJE), em 2023, foram emitidas 18.047 medidas protetivas de urgência a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no Maranhão, entre solicitações presenciais e on-line. Em 2024, até o início de agosto, já tinham sido concedidas 10.082 medidas.


Conforme a Lei Maria da Penha, dentre as medidas de proteção às vítimas estão: suspensão da posse ou restrição do porte de armas do agressor; afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima; proibição de determinadas condutas, como aproximação e contato com vítima, seus familiares e testemunhas e frequência a determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida; restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores.


Várias atividades estão sendo e serão realizadas no estado, ao longo deste mês, com foco no combate à violência contra a mulher, como encontros, seminários, reuniões, rodas de conversas, debates. É o mês marcado pelos 18 anos da Lei Maria da Penha,

18 anos: Lei Maria da Penha


O Ministério Público do Maranhão, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de São Luís, está realizando uma programação sobre os 18 anos da Lei Maria da Penha.


Todas as atividades são coordenadas pela promotora de justiça Selma Martins, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Enfrentamento à Violência de Gênero (CAO-Mulher) e titular da 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher de São Luís.


A promotora de justiça chama atenção para o fato de o Brasil ser o quinto país no mundo em número de feminicídios, sendo a maioria dos crimes cometidos por maridos, ex-maridos e namorados das vítimas, e orientou as mulheres presentes sobre a importância das medidas protetivas como mecanismo de defesa contra os agressores.

“Desde que a Casa da Mulher Brasileira foi instalada em São Luís, há sete anos, mais de 23 mil mulheres foram salvas por medidas protetivas, por isso todas que estejam enfrentando situações de violência devem requerer esse benefício, que é um dos principais avanços trazidos pela Lei Maria da Penha”, aconselhou.


Na quarta-feira (21), houve a roda de conversa do Grupo Reflexivo de Mulheres no Centro Cultural do MPMA. Na quinta-feira (22) foi  o lançamento do Grupo Reflexivo para Homens da Faculdade Cest, com palestra inaugural sobre a Lei Maria da Penha. E na próxima segunda-feira (26), às 10h, a atividade será realizada na Procuradoria Geral de Justiça.

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