BOLOS

Polícia suspeita que outras pessoas tenham pegado dinheiro: o que já se sabe sobre quantia achada em carro no Renascença, em São Luís

Delegado do caso, Augusto Barros citou tráfico de drogas, sonegação fisca e até roubo a banco ou a carros-fortes como possibilidades de origem dos bolos de dinheiro

(Foto: Divulgação/PMMA)

A SEIC continua as investigações sobre as circunstâncias do achado de mais de 1 milhão de reais em espécie – na mala de um carro – na última terça-feira (3) no bairro Renascença, em São Luís. O valor apreendido com o veículo totaliza R$ 1.109.350,00, segundo informações policiais.

“Levou bastante tempo e precisamos buscar uma máquina de contagens de cédulas. Afinal eram muitas e de valores diversos”, detalhou o delegado Augusto Barros, em depoimento à imprensa.

A O IMPARCIAL, fontes da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) afirmaram que também é possível que outras pessoas — que já sabiam do veículo abandonado antes da polícia — tenham pegado o dinheiro do carro.

O porteiro do condomínio em frente ao local onde o carro foi deixado, a síndica do condomínio e o proprietário do veículo já oram ouvidos pela polícia.

O dono do carro foi identificado como Carlos Augusto Diniz Costa, conhecido como “Makilas”. Ele é funcionário da Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia – da Prefeitura de São Luís.

O próprio Carlos Augusto Diniz esteve no local do achado e conversou com a polícia, mencionando ter emprestado o carro a alguém “há duas semanas”. O proprietário chegou a ser filmado pela imprensa.

Porém, quando convocado a prestar depoimento formal na SEIC, Carlos Augusto Diniz preferiu não se pronunciar às autoridades policiais.

O IMPARCIAL solicitou nota da Prefeitura de São Luís sobre o envolvido no caso e não houve resposta até a publicação desa matéria.

“Com isso, a oportunidade de esclarecer a origem do dinheiro acabou postergada. Isto nos deixa com outras possibilidades investigativas: perícias no veículo, coletas de imagens de câmeras, verificação da origem desse dinheiro – já que parte dele estava condicionado como tendo passado por empresas ou agências bancárias”, detalhou o delegado à imprensa.

“Não dá ainda para afirmar a origem do dinheiro. Se estamos diante de valores vindos do tráfico de drogas, da agiotagem, da sonegação fiscal, do roubo a banco ou a carros-fortes. O pessoal [também] fala muito em política, nessa fase do ano que estamos”, complementou o delegado Augusto Barros.

Segundo relatos das testemunhas ouvidas, o carro ficou cerca de quinze dias abandonado no local, antes da descoberta — o que será averiguado em imagens do no circuito de segurança da rua.

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