Imperatriz não terá período oficial de veraneio pelo quarto ano consecutivo
Dinâmica do Rio Tocantins não têm se mostrado adequada para a segurança dos banhistas, segundo a Defesa Civil
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O município de Imperatriz não terá período de veraneio pelo quarto ano seguido, segundo divulgação da Defesa Civil. De acordo com o órgão, o Rio Tocantins não oferece condições adequadas de segurança para os banhistas, devido às oscilações constantes do nível da água.
Para haver período de veraneio oficial é necessário que o nível do rio chegue a aproximadamente -2,50 a -3 metros negativo — o que não vem acontecendo.
Levantamentos técnicos especializados permitem a elaboração de um ofício, acompanhado de um relatório — que é enviado, pela Superintendência Municipal de Proteção e Defesa Civil (Sumpdec), ao gabinete do prefeito e demais órgãos envolvidos no assunto.
No documento da Defesa Civil consta que, embora o período de operação especial do reservatório da Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE) esteja em andamento desde o dia 1º de julho, o rio passa por oscilações constantes e não chegou a um nível compatível para a abertura das praias de forma oficial.
Superintendente da Defesa Civil Jadiel Filho, ressaltou que o período de Operação Especial do Reservatório da UHE vai do dia 1º de julho até o segundo domingo de setembro, conforme a Resolução n 70/ANA, de 19 abril de 2021.
Porém, a redução da vazão da água no reservatório não significa que haverá o período de veraneio, pois é levado em conta, também o comportamento natural do rio que tem passado por oscilações entre -0,90 negativo e -1,67 negativo.
Desde 2021, o município de Imperatriz não tem período oficial de veraneio. Apesar de tudo isso, muitas pessoas têm frequentado o Rio Tocantins na região para fugir do calor. A orientação para estas pessoas é evitar áreas profundas e também não nadar após ingerir bebida alcoólica, além de redobrar os cuidados com as crianças.
Hidrelétrica de Estreito
Recentemente, a direção da Usina Hidrelétrica de Estreito lançou uma nota de esclarecimento informando que a hidrelétrica funciona a fio d’água, ou seja, não têm capacidade de acumular grandes volumes de água, definindo a vazão que será liberada conforme o recebimento das Usinas situadas rio acima.
“Esse fator contribui para que a vazão praticada pela Hidrelétrica de Estreito, ainda, que esteja em acordo com a Resolução ANA, impossibilite que o nível do rio esteja dentro da possibilidade de realização do período”, diz trecho do documento.
