Há poucos dias, foi sugerido que o deputado federal e Presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, assuma a liderança do grupo político mais ligado ao ex-governador do Maranhão e atual ministro do Supremo tribunal Federal, Flávio Dino. Em entrevista exclusiva a O Imparcial, Márcio Jerry falou sobre o assunto e também sobre os rumos eleitorais para 2024 e 2026.

O Imparcial – A Federação Brasil da Esperança deve encabeçar a disputa eleitoral deste ano em quantas cidades do Maranhão? Quais as prioritárias?

Márcio Jerry – Teremos candidaturas majoritárias em 36 municípios, em outros tantos estaremos com candidatos a vice e em praticamente todos os municípios candidaturas a vereadores e vereadoras. Entre as prioridades seguramente Imperatriz, com o nome do ex-deputado Marco Aurélio, do PCdoB; Codó, com o empresário Chiquinho Oliveira, do PT, pra citar duas das 10 maiores cidades do estado. Mas teremos alianças, é bom frisar, com outras forças partidárias em todos os municípios.

Ajudei a formular e tornar vitorioso um projeto de mudanças no MA’

O.I.- O que está faltando para uma definição do grupo que defende a pré-candidatura de Duarte Júnior?

M. J. – A Federação Brasil da Esperança tem posição clara e ativa de apoio ao nome do deputado Duarte Júnior. Estamos mobilizando todo nosso time, nossa aguerrida militância, para fazer a diferença e ajudar decisivamente a levar o nosso candidato ao segundo turno.

O.I. – Recentemente, foi ventilado que o senhor teria assumido o papel de líder do grupo mais próximo ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino. Procede? Se sente preparado para isso?

M. J. – Flávio Dino é ministro do STF, o que é motivo de orgulho para todos nós que com ele construimos um exitoso projeto para o Maranhão. Portanto, ele está fora da política partidária e suas disputas. Atribuo a essa questão de ser lembrado como um líder político mais próximo a ele a um processo natural de identidade com o legado do ex-governador Flávio Dino, afinal sou parte disso, coordenei as campanhas dele, ajudei a formular e tornar vitorioso um projeto de mudanças no Maranhão sob liderança dele. Temos vários quadros valorosos que se identificam com o que fez pelo Maranhão o ministro Flávio Dino e por isso mesmo temos todos muita responsabilidade em não deixar que se apague essa trajetória, esse legado e suas repercussões no momento presente e no futuro.

O.I.- Como tem sido a convivência das mais variadas correntes políticas dentro do governo Brandão?

M. J. – Governador lidera uma frente ampla, que naturalmente tem divergências internas. Cabe sempre a ele mediar essas divergências. Nosso campo, por exemplo, tem sempre uma atuação estruturada em torno dos princípios e programa que levou Flávio Dino ao governo duas vezes e depois conduziu o próprio Carlos Brandão.

O.I.- O presidente Lula esteve, no mês passado, no Maranhão. Como o senhor tem visto a atuação do Governo Federal em benefício do Estado?

M. J. -Presidente Lula tem sido muito atencioso com o nosso estado, com ações concretas nesse momento de reconstrução nacional. Maranhão vivendo um grande momento porque saímos de uma situação de ser boicotado pelo governo federal para a condição de ser fortemente apoiado pelo governo federal sob comando do presidente Lula.

O.I.- Ainda faltam mais de dois anos para as eleições gerais de 2026, mas muito se tem discutido sobre nomes para concorrer ao Governo do Estado e ao Senado Federal. Essas discussões estão no rumo certo e com os nomes mais assertivos?

M. J. – Ainda é muito cedo. No processo que construímos para a eleição e reeleição de Flávio Dino e a eleição de Carlos Brandão emerge um nome natural do nosso campo que é o vice governador Felipe Camarão. Para o Senado é um processo que demora mais, se estrutura mais lentamente concomitante à definição do projeto eleitoral para governador.

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