Fraude

Empresário é desmascarado em grande esquema de fraude no Maranhão

A fraude foi detectada pela defesa agropecuária da Secretaria de Agricultura de São Paulo.

Reprodução

Um empresário, identificado como José Roberto de Castro Viana, conhecido como “Rei do Gado” devido à sua aparente posse de vastas fazendas e enormes rebanhos, foi desmascarado como o cérebro de um extenso esquema criminoso.

Embora seu nome fosse associado a grandes propriedades e rebanhos gigantescos, uma investigação revelou que sua posse era apenas nominal, e ele estava envolvido em uma sofisticada fraude.

De acordo com documentos oficiais da Secretaria da Fazenda do Maranhão, José Roberto declarou a venda de quase 500 milhões de cabeças de gado entre julho de 2021 e abril de 2024.

Portanto, uma análise realizada pelo Ministério Público do Maranhão revelou uma discrepância alarmante entre o tamanho das propriedades de José Roberto e a quantidade de gado que ele alegava possuir.

A investigação revelou que o empresário corrompeu funcionários públicos para obter e adulterar documentos oficiais, os quais indicavam que o gado estava saindo de suas propriedades e indo para os frigoríficos.

Na realidade, José Roberto vendia esses documentos para criadores clandestinos, que negociavam o gado sem respeitar as normas sanitárias.

Se as alegações de José Roberto fossem verdadeiras, ele precisaria de uma área 10 mil vezes maior do que a que realmente possuía para acomodar o número de cabeças de gado que afirmava ter.

Além disso, o esquema incluía a adulteração dos registros de nascimento dos bois no sistema estadual de controle de rebanho.

Normalmente, o tempo necessário para que um boi passe do pasto ao mercado é de 1 a 2 anos.

No esquema, os bezerros eram registrados como se tivessem dois anos de idade minutos após seu nascimento, permitindo que fossem transportados como gado legítimo de suas propriedades no Maranhão.

A fraude foi detectada pela defesa agropecuária da Secretaria de Agricultura de São Paulo, que estranhou a frequência e a quantidade de animais vindos das fazendas maranhenses e as guias de transporte emitidas quase sempre pelo mesmo funcionário.

O Ministério Público do Maranhão identificou a fraude e afastou seis funcionários envolvidos.

Além de José Roberto, que foi preso em Brasília, outras 20 pessoas foram identificadas no esquema.

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