Autor de disparo que matou PM em casa de shows de São Luís era segurança de evento
Chefe de segurança da casa também já atuou como agente penitenciário
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Maranhão (Sinpol-MA) divulgou, neste domingo (28), uma nota de esclarecimento sobre o autor do disparo que matou Orlando Cardoso Neto — cabo da Polícia Militar do Maranhão — em uma casa de shows localizada no Calhau, na madrugada do dia 28 de julho.
Segundo o Sinpol-MA, o homem já foi identificado e não é policial civil. Ele trabalhava como segurança do evento na noite do crime. O esclarecimento se deu por, segundo a ocorrência policial divulgada, o autor do disparo ter sido descrito como um “suposto policial civil”.
A PC-MA ainda desconhece as circunstâncias sob as quais o PM foi baleado — por exemplo, se o tiro foi acidental. A PC-MA também investiga a legalidade da arma de fogo portada pelo autor do disparo. Orlando Cardoso Neto era lotado no serviço de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (ROTAM).
Em depoimento à imprensa, o delegado George Marques — da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) — detalhou que o autor do disparo era o chefe de segurança da casa de shows.
“Assim como a vítima, ele também tarabalhava naquele momento como segurança. Em determinado momento, o chefe começou a discutir com um cliente, iniciando uma luta corporal. O chefe de segurança logo sacou a arma para balear o cliente, e acabou atingindo o policial militar”, detalhou o delegado.
Ainda segundo o delegado, o investigado também já trabalhou como agente penitenciário. Laudos periciais, relatos de testemunhas e imagens de câmeras de segurança vem sendo essenciais nas investigações.
O Sinpol-MA também se solidarizou com familiares de Orlando Cardoso Neto — que interviu em uma briga do autor do disparo e outro homem, e acabou sendo atingido com um tiro no tórax.
A Polícia Civil segue investigando o caso a fim de localizar os dois homens envolvidos.