WARAO

Refugiados: 244 imigrantes venezuelanos vivem na Região Metropolitana de São Luís

Secretarias de Estado de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social buscam assistir os povos indígenas de fora, que desde 2019 buscam refúgio no Maranhão

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A última quinta-feira (20) marcou o Dia Mundial dos Refugiados. A data foi designada pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o intuito de destacar pessoas refugiadas em todo o mundo. Nos últimos anos o Maranhão se tornou refúgio para indígenas venezuelanos que migram em busca de trabalho e de reunificação familiar.

Na Região Metropolitana de São Luís, atualmente, 136 indígenas venezuelanos vivem na capital maranhense, enquanto 108 residem em São José de Ribamar. As informações são da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop).

A crise sociopolítica na Venezuela trouxe uma realidade de desafios e incertezas a adultos e crianças venezuelanos. A situação de instabilidade fez com que mais de 70 mil pessoas, nos últimos anos, procurassem abrigo no Brasil. (Mais após a imagem)

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A maioria de migrantes que chegam ao Maranhão pertence à etnia Warao — povo originário da República Bolivariana da Venezuela. Estudos antropológicos indicam que os Warao representam o grupo humano mais antigo do país, habitando o delta do rio Orinoco há pelo menos oito mil anos.

Uma série de fatores os forçou a abandonar a Venezuela: desabastecimento de itens básicos, da hiperinflação e do aumento da violência, com a ação de grupos armados nos seus territórios, devido ao avanço da mineração na região do Arco Mineiro do Orinoco.

No Maranhão, até 2023, foram contabilizados 155 refugiados do país. Ao chegarem no Brasil, enfrentam novos desafios — como a inserção no mercado de trabalho. Por não conseguirem emprego, muitos infelizmente acabam na miséria. 

Procurada por O IMPARCIAL, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes) informou que tem ofertado diariamente 298 refeições do Restaurante Popular — sendo entregues nos bairros onde os migrantes residem.

A Sedes detalhou que acompanha os atendimentos realizados pelas gestões municipais, considerando que esse atendimento deve ser realizado diretamente pelos municípios.

Já a Sedihpop informou que — desde 2019 — realiza o atendimento aos venezuelanos indígenas Warao no Maranhão.

Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, cerca de 400 refugiados já foram atendidos, em parceria com outros órgãos do poder público estadual e municipal — com ações voltadas à inserção ao mercado de trabalho, acesso à documentação e enfrentamento à insegurança alimentar.

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