Lula defende ministro Juscelino Filho indiciado por desvio de verbas de emenda parlamentar
O presidente destacou que, apesar das acusações contra Juscelino, ele só será considerado culpado quando houver uma decisão judicial definitiva.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou nesta sexta-feira (21) seu apoio ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), mesmo após este ser indiciado pela Polícia Federal por suposto desvio de verbas de emenda parlamentar.
Durante uma entrevista à uma rádio maranhense, Lula afirmou estar satisfeito com o desempenho de Juscelino e defendeu seu direito de provar sua inocência.
O ministro, natural do Maranhão, foi elogiado por Lula por seu trabalho no governo, juntamente com outros ministros nordestinos, incluindo Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e André Fufuca (Esportes).
O presidente destacou que, apesar das acusações contra Juscelino, ele só será considerado culpado quando houver uma decisão judicial definitiva.
A Polícia Federal indiciou Juscelino Filho por suspeitas que incluem organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e fraude à licitação.
As investigações se concentram no possível desvio de verbas de emendas parlamentares destinadas à cidade de Vitorino Freire, onde a irmã do ministro, Luanna Rezende, é prefeita.
Lula afirmou que, ao ser informado de denúncias envolvendo seus ministros, os convoca para uma conversa franca e direta, enfatizando a importância da verdade e da responsabilidade diante das acusações.
Ele ressaltou que a presunção de inocência deve ser mantida até que haja uma decisão judicial definitiva.
Durante sua visita a São Luís, Lula também participou de um evento ao lado de Juscelino Filho, marcando a primeira aparição pública conjunta desde o indiciamento do ministro.
A defesa de Juscelino nega irregularidades e argumenta que os recursos das emendas foram utilizados de maneira legítima.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) irá avaliar o relatório da Polícia Federal para decidir se há elementos para o oferecimento de denúncia contra Juscelino e os demais indiciados.
Enquanto isso, o ministro continua exercendo suas funções no governo, reafirmando seu compromisso com a transparência e a ética na gestão pública.
A Codevasf, responsável pelo repasse dos recursos, esclareceu que a execução e fiscalização das obras em Vitorino Freire foram de responsabilidade da prefeitura municipal.
Juscelino reiterou sua confiança de que sua inocência será comprovada ao final do processo legal, respeitando o direito à ampla defesa e à presunção de inocência.