Vídeo de cachorro “nadando” no ar viraliza após resgate das enchentes no Rio Grande do Sul
O caso ocorreu em Canoas, uma das cidades mais afetadas pelas cheias.
Um vídeo que mostra um cachorro “nadando” no ar depois de ser resgatado das enchentes no Rio Grande do Sul se tornou viral nas redes sociais nesta segunda-feira (13).
As imagens capturam o momento em que o cão, mesmo fora da água e no colo de uma pessoa, continua a fazer os movimentos característicos de nadar.
O caso ocorreu em Canoas, uma das cidades mais afetadas pelas cheias. Voluntários que participaram do resgate relataram que outros cachorros apresentaram o mesmo comportamento ao sair da água.
Joice Peruzzi, médica veterinária comportamental, explicou que não existem estudos específicos sobre esse tipo de comportamento, mas apontou algumas possíveis razões para a reação do animal.
“O comportamento de nadar em cães geralmente está relacionado ao contato com a água. Portanto, muitas vezes, quando o cão está molhado por mais tempo, ele pode continuar com esse reflexo. Ou talvez seja porque ele repetiu esse comportamento por muito tempo e continua fazendo-o. É importante ressaltar que não há estudos específicos sobre isso”, disse.
Joice também sugeriu que o comportamento dos cães pode estar ligado a questões emocionais, como um choque causado pela situação de emergência.
“Às vezes, o animal está em choque devido ao que aconteceu, um choque emocional. Não significa que ele pense que ainda está na água, mas essa movimentação pode continuar involuntariamente”, explicou a veterinária.
Desde o início dos temporais no final de abril, a Defesa Civil registrou o resgate de 10.814 animais em todo o estado do Rio Grande do Sul. Entre esses resgates, destaca-se o caso do cavalo caramelo, que ganhou grande repercussão.
Além dos resgates de animais, os temporais e cheias no estado já deixaram um rastro de devastação. O último boletim da Defesa Civil confirmou duas mortes, elevando o total para 147 vítimas fatais. Há ainda 127 desaparecidos e 806 feridos.
Os números da tragédia incluem 617 mil pessoas fora de casa, sendo 79.540 em abrigos e 538.241 desalojadas, além de 2.115.703 afetadas. O resgate de 76.470 pessoas e 10.814 animais reflete a dimensão do desastre que assola o estado.