Evento

SEIR e Coletivo Cultural Tapera do Cordel realizam Tributo a Gerô

O Espaço será dedicado às manifestações da cultura popular, especialmente a Literatura de Cordel.

Reprodução

Na próxima sexta-feira (17 de maio), o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Igualdade Racial (SEIR_MA), e o Coletivo Cultural Tapera do Cordel, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (SECMA), realizam o Tributo ao poeta e cordelista maranhense Gerô (Jeremias Pereira da Silva).

O evento, que faz parte do calendário de atividades da Sexta Afro-cultural, constará de apresentação de cordelistas, compositores e cantores; relatos da vida e obra do homenageado; pronunciamento de autoridades sobre o compromisso com a cultura popular e de combate à tortura; e inauguração do Espaço Gerô na Casa de Negro Cosme (sede da SEIR), localizada na rua do Giz, 476 (centro). O Espaço será dedicado às manifestações da cultura popular, especialmente a Literatura de Cordel.

Jeremias Pereira da Silva, popularmente conhecido como Gerô, foi um poeta e cordelista maranhense que nasceu em Monção e radicou-se na capital. “Autor de dezenas de poemas, que nos impressionam ao mergulharmos em suas rimas, que primam pela defesa dos direitos dos cidadãos, era um embolador de mão cheia e tinha sapiência para demonstrar seu descontentamento com as figuras públicas que lhe decepcionavam”, relembra o secretário de Estado da Igualdade Racial, Gerson Pinheiro.

Sempre atento ao cenário político, o artista ao adentrar os palcos, demonstrava a sua expertise com as palavras, cantando as artimanhas e contribuindo com a cultura maranhense. Gerô era fã de João do Vale, foi parceiro do ator e cordelista Moises Nobre, de Joãozinho Ribeiro, de Escrete, de Josias Sobrinho, de Ribão da Flor (o Ribão de Olodum, hoje Ribão da Favela), entre outros.

TORTURA E MORTE
No dia 22 de março de 2007, foi morto por dois policiais militares em São Luís, que abordaram o artista em uma parada de ônibus e iniciaram ali mesmo, em plena luz do dia, uma série de torturas. Gerô, depois de algemado, teve cinco costelas quebradas, parte do maxilar afundado e os rins dilacerados, o que teria provocado hemorragia interna, além de várias escoriações por todo o corpo. A Lei Estadual nº 8.641/2007, define 22 de Março como a data estadual de combate às mais diversas formas de tortura, em homenagem ao artista popular Gerô.

PROGRAMAÇÃO DO TRIBUTO
Local: rua do Giz, 476, Casa de Negro Cosme (Centro)
Data: 17 de maio (sexta-feira)

16h- Falas institucionais

16h30 – Cordel: Raimunda Frazão

16h40 – Leitura da trajetória do artista/ relatos de sua convivência com o artista

17h – Cordel Paulinho Nó Cego

17h30 – Homenagem: fixação de placa na Casa de Negro Cosme (SEIR) e entrega de placa a familiares de Gerô

18h – A importância do bem cultural Literatura de Cordel
Sarau com os artistas: Moises Nobre, Pedro Nobre, Raimunda Frazão e Paulinho Nó Cego

18h30min – Apresentação cultural – Paulinho Akomabu

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