Saúde

O que devo buscar nas informações nutricionais dos alimentos?

Neste texto vamos apresentar algumas dessas informações e como elas impactam o seu dia a dia.

Foto de LATIKA SARKER na Unsplash

Por lei, as embalagens dos alimentos precisam contar com uma tabela de informações nutricionais. É difícil achar alguém que não saiba reconhecer essa tabela, mas os dados ali coletados podem ser uma incógnita, afinal são números específicos sem tanto contexto.

Neste texto vamos apresentar algumas dessas informações e como elas impactam o seu dia a dia.

Conservantes, aditivos e alergênicos

O primeiro a saber é sobre os itens que podem causar problemas mais sérios. Os alergênicos são um bom exemplo disso, afinal glúten, lactose e outros produtos podem causar reações alérgicas de diferentes intensidades e por isso, quem tem alergias, precisa estar muito atento.

Outra informação importante é buscar informações sobre conservantes e aditivos, que também podem causar alergias e em largas quantidades podem gerar problemas de saúde. Para isso é interessante entender o conceito da titulação, que é o processo químico que detecta cada uma dessas substâncias e suas quantidades.

A titulação é feita com um instrumento chamado titulador, presente nos laboratórios e que tem uma função importantíssima na indústria de alimentos. Tanto para as próprias empresas do setor como para os fiscalizadores, que podem ter uma noção exata do que está sendo vendido.

Ou seja, aquela informação que está no rótulo não está ali à toa: ela foi verificada e é de suma importância para os consumidores, especialmente os que têm maiores restrições alimentares ou cuidados com a saúde.

Valor energético e calorias

As calorias normalmente são a informação mais buscada, afinal, por razões estéticas, aquele número informado é procurado com atenção para conseguir medir mais ou menos seu consumo diário e ver se aquele alimento se encaixa nos planos do dia. Mas a informação de calorias por si só não quer dizer tanto.

Um alimento muito calórico pode não ser nutritivo (como biscoitos recheados ou doces), mas há também alimentos calóricos que são muito nutritivos, trazendo também proteínas, gorduras boas, vitaminas e outros elementos necessários para o dia a dia.

Além disso, nem toda caloria é igual para todas as pessoas: quem gasta essas calorias pode precisar consumir mais de 2 mil calorias (o valor mais citado ao falar de consumo diário) para ter energia para se exercitar ou exercer um trabalho mais físico.

Por isso, antes de dar muita importância para esse dado nos rótulos, consulte-se com um nutricionista para saber seu atual estado de saúde e necessidades corporais e qual deve ser seu consumo diário de calorias mas também de nutrientes.

Gorduras totais (saturadas e trans)

As gorduras ganharam o papel de vilão, ainda mais com o aumento grande de doenças cardiovasculares e problemas de saúde em decorrência da má alimentação, da obesidade e do sedentarismo.

Mas nem toda gordura é ruim: há gorduras que são boas para o corpo e ajudam no bom funcionamento diário, como o azeite de oliva, as gorduras em sementes oleaginosas, entre várias outras.

Mas esse não é o caso da gordura saturada, que de fato é ruim e deve ser monitorada de perto. Claro que nem sempre dá para fugir dela, afinal os alimentos industrializados estão sempre presentes. Mas para isso o rótulo frontal, criado pela Anvisa em 2021, pode ser de grande ajuda.

Nesse rótulo os produtores de alimentos têm que informar, de forma clara e padronizada, se o alimento é alto em sódio, gordura saturada e açúcar adicionado. Assim os consumidores vão ficar ainda mais esclarecidos sobre o que está naquele produto e avaliar se vale a pena comprá-lo ou não.

Mais informação e poder para o consumidor

A alimentação é um item fundamental para a existência e quanto mais informação o consumidor tiver ao comprar seus produtos, mais poder ele terá para tomar decisões, mesmo que elas não sejam consideradas as mais saudáveis.

A ideia não é banir os produtos industrializados ou que não são frescos e saudáveis e sim informar de forma clara sobre os perigos exagerados desses produtos a longo prazo, para assim cada um tomar uma decisão informada.

Graças ao monitoramento de agências reguladoras e o trabalho de cientistas e profissionais de saúde, essas informações estão mais facilmente acessíveis para quem quiser melhorar sua alimentação e buscar uma vida mais saudável e investir em seu bem-estar.

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