‘Novo cangaço’ é alvo de megaoperação da PF e do MP no Maranhão e em outros estados
Além do Maranhão, a Polícia Federal já efetuou 24 mandados de busca e apreensão também na Bahia, no Piauí e em diversos municípios paulistas
A Polícia Federal deflagrou hoje (21) uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada no roubo conhecido como “novo cangaço”, em cidades do interior no Piauí e Maranhão, dentre outros estados.
Batizada de Operação Baal, a ação visa ainda prender CAC’s (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) apontados como os fornecedores das armas e das munições usadas pela organização criminosa.
Os agentes da PF cumpriram mandados em Xique-Xique, na Bahia; Timon, no Maranhão; e Corrente, no Piauí.
Foram cumpridos 13 mandados de prisão temporária e mais 24 mandados de busca e apreensão em Corrente, Sul do Piauí, e Timon. As ações também se concentraram em outras cidades brasileiras como São Paulo, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Piracicaba, Mairinque, Buri e Xique-Xique-BA. (Mais após a imagem)
As investigações iniciaram a partir de informações coletadas durante uma tentativa de roubo a uma base de valores ocorrida em 2023 em Confresa, no Mato Grosso. Na ocasião, os suspeitos entraram em confronto com as forças de segurança, o que resultou em prisões e mortes. Um deles, segundo a PF, residia em São Paulo e fazia parte de uma organização criminosa.
De acordo com a polícia, o grupo criminoso costumava agir com extrema violência, atuando numa modalidade conhecida comumente como “domínio de cidade”.
Além de atuar no “novo cangaço”, a quadrilha também tinha ramificações no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Durante as investigações ficou constatado que os principais fornecedores das armas de fogo e das munições usadas pelos bandidos eram colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, ao CAC’s.
Além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, a Polícia Federal conseguiu na justiça o bloqueio de contas e o sequestro de bens com limite de até R$ 4 milhões como forma de atacar o patrimônio financeiro da organização criminosa.