Governo adia leilão de arroz importado em meio à especulação de preços do Mercosul
Em comunicado, a Conab diz que a “data de realização será publicada oportunamente”
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) oficializou o adiamento do leilão de 104 mil toneladas de arroz, inicialmente marcado para esta terça-feira (21).
A medida é necessária frente à calamidade no Rio Grande do Sul, que produz 70% do arroz consumido pelo Brasil.
O governo agora pretende realizar o leilão para aumentar a oferta do grão no país, em meio às enchentes gaúchas.
No último dia 07 de maio, a Conab anunciou que importaria um milhão de toneladas de arroz para evitar o aumento no preço do grão. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, no Palácio do Planalto.
No dia 14 de maio, o Governo Federal definiu os parâmetros para a importação de arroz beneficiado pela Conab. A medida pretendia reduzir as consequências econômicas (e sociais) dos eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul, e orientou a distribuição do produto em regiões metropolitanas.
No novo comunicado, a Conab diz que a “data de realização será publicada oportunamente”.
Em depoimento à imprensa, o ministro do Desenvolvimento Agrário – Paulo Teixeira – disse que o adiamento foi feito em decorrência da portaria assinada ontem.
Nesta segunda-feira, o governo anunciou a redução a zero do imposto de importação de três tipos de arroz para evitar problemas de oferta do produto.
O ministro confirmou ainda que o adiamento tem relação à especulação do Mercosul em relação ao valor das sacas. O bloco elevou em até 30% o preço do cereal.