Desemprego no Maranhão sobe no 1º trimestre de 2024, segundo IBGE
Estado é uma de três unidades federativas com maior percentual de pessoas desalentadas – que desistiram de buscar trabalho – no primeiro trimestre deste ano
O Maranhão é uma de oito unidades federativas no Brasil onde taxa de desemprego cresceu no primeiro trimestre de 2024, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados hoje (17), parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral do Instituto.
Este é o segundo trimestre consecutivo de aumento na taxa de desemprego no Maranhão. Os números são analisados em comparação com o quarto trimestre do ano passado. No quatro trimestre de 2023, encerrado em dezembro, o estado registrou uma taxa de desemprego de 7,1%.
Nos primeiros três meses deste ano, o número de desempregados no estado chegou a 8,4%.
Segundo a pesquisa do IBGE, os números divulgados estão acima da média nacional que registrou, no último trimestre, uma taxa de 7,9% de desemprego. Com o Maranhão, os estados do Acre, Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo também apresentaram alta.
O IBGE constatou que os setores de comércio, reparação de veículos, administração pública e serviços sociais foram os que mais perderam postos de trabalho no último trimestre de 2024 em comparação ao primeiro trimestre deste ano. Essas são as áreas que mais absorvem trabalhadores no estado.
Maior número de desalentados
O Maranhão é um dos três estados que registrou o maior percentual de pessoas desalentadas no primeiro trimestre deste ano, com uma taxa de 12,6%. Os números são comparados com o último trimestre de 2023.
A população desalentada é aquela que desistiu de procurar trabalho e está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões:
- não consegue trabalho adequado;
- não tem experiência ou qualificação;
- é considerado muito jovem ou idosa;
- não há trabalho na região;
- e que, se tivesse oferta de trabalho, estaria disponível para assumir a vaga
Atrás do Maranhão, no ranking de desalentados, aparecem os estados do Piauí (10,4%) e Alagoas (10%). Segundo o IBGE, Santa Catarina, Rondônia, Espírito Santo e o Paraná registraram as menores taxas.
Desemprego subiu no 1º trimestre
O Brasil encerrou o trimestre terminado em março com taxa de desemprego em 7,9%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, encerrado em dezembro, houve alta de 0,5 ponto percentual na desocupação, que era de 7,4%.
No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 8,8%. Mesmo com a alta, o resultado do primeiro trimestre foi o melhor para o período desde 2014 (7,2%).
Com os resultados, o número absoluto de desocupados cresceu 6,7% contra o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas. Na comparação anual, o recuo é de 8,6%.
No primeiro trimestre de 2024, houve queda de 0,8% na população ocupada, estimada em 100,2 milhões de pessoas. No ano, o aumento foi de 2,4%, com mais 2,4 milhões de pessoas ocupadas.