personalidades da abolição da escravatura

Conheça as mulheres que lutaram pela abolição da escravatura no Brasil

A assinatura da Lei Áurea, que declarou o fim da escravidão no Brasil, completa 136 anos nesta segunda- feira (13).

A data ressignifica a retórica da abolição da escravatura, em 1888, a Lei do Império n. 3.353. (Foto: Internet)

No dia 13 de maio, completam-se 136 anos desde a assinatura da Lei Áurea, um marco na história do Brasil que declarou o fim oficial da escravidão no país.

Além da figura da princesa Isabel, é crucial reconhecer o papel de diversas personalidades que contribuíram para a abolição da escravatura, muitas vezes esquecidas ao longo do tempo, como Luís Gama, André Rebouças e Francisco José do Nascimento, conhecido como o Dragão do Mar.

Mulheres também desempenharam um papel significativo nesse movimento histórico. Entre elas, destacam-se:

Dandara

Dandara de Palmares. (Foto: Internet)

Uma líder fundamental no quilombo dos Palmares, onde, ao lado de aproximadamente 30 mil pessoas, incluindo seu marido Zumbi dos Palmares, lutou incansavelmente pela libertação dos negros no Brasil. Seu domínio das técnicas de capoeira e liderança desafiaram os padrões de gênero impostos pela sociedade da época.

Adelina

Originária de São Luís, vendia charutos pelas ruas e desempenhou um papel crucial como informante para os ativistas abolicionistas, ajudando na organização de comícios e na fuga de escravos.

Sua capacidade de transitar pelas ruas sem chamar atenção foi uma valiosa contribuição para o movimento.

Maria Firmina Dos Reis

Reconhecida como a primeira romancista brasileira, utilizou sua obra literária para denunciar a desigualdade e injustiça da escravidão.

Seu livro “Úrsula”, publicado em 1859, é considerado um marco no romance abolicionista, destacando sua voz única na luta pela liberdade.

Maria Felipa de Oliveira

Liderou um grupo de cerca de 40 mulheres em confrontos contra as tropas portuguesas durante as guerras de independência na Bahia na década de 1820.

Sua coragem e determinação na defesa do território contra a ocupação portuguesa a tornaram uma heroína local, integrando o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

Tereza de Benguela

Após a morte de seu marido, tornou-se líder do Quilombo do Piolho, resistindo à escravidão por duas décadas. Conhecida como “Rainha Tereza”, coordenou a defesa da comunidade negra e indígena, navegando pelos rios do pantanal e liderando um parlamento para tomar decisões coletivas.

Essas mulheres, muitas vezes esquecidas pela história oficial, foram figuras essenciais na luta pela liberdade e igualdade no Brasil, deixando um legado de resistência e inspiração para as gerações futuras.

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