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Trabalhadores rurais protestam contra violência no campo em São Luís; MA é o 3º em ranking de conflitos

Lançado na última segunda (22), o 38º Relatório Conflitos no Campo Brasil aponta o Maranhão como o terceiro mais violento nos campos.

Reprodução

Na manhã desta terça-feira (23), mais de 5 mil trabalhadores rurais realizaram ato em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão, na Avenida Jerônimo de Albuquerque, no bairro do Cohafuma. 215 sindicatos — filiados à Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Maranhão (FATAEMA) — mobilizaram o grupo.

O ato iniciou às 5h e seguiu até as 07h30, em frente à Assembleia. Do local, os manifestantes prosseguiram a pé em direção ao Palácio dos Leões, sede do Governo Estadual — no sentido ponte do Jaracati e avenida Beira Mar -, para exigir medidas concretas às pautas apresentadas.

A passeata deixou o trânsito lento.

Os trabalhadores reivindicam políticas públicas, programas e leis propostas no Caderno de pauta do Grito da Terra Maranhão 2024 — que demanda a democratização das terras, paz no campo, políticas públicas para a agricultura familiar, preservação ambiental, educação e saúde no meio rural, direitos das mulheres, da juventude rural e a aprovação da lei popular de terras do Maranhão.

Trabalhadores rurais pedem justiça por crimes cometidos em protesto.

Todas essas demandas estão presentes no Caderno de Pauta do Grito da Terra Maranhão 2024 e foram apresentadas anteriormente ao Governo do Estado e Federal. (Mais após o vídeo)

Dentro da programação do Grito da Terra Maranhão, na tarde desta terça (23), a Assembleia Legislativa do Maranhão vai prestar homenagem em solenidade à FETAEMA, por seus 52 anos de existência, bem como à CONTAG, pelos 60 anos, e ao Movimento dos Sem Terra por seus 40 anos.

O Maranhão no ranking da violência no campo

De acordo com o 38º Relatório Conflitos no Campo Brasil — lançado pelo Centro de Documentação Dom Tomás Balduíno, da CPT, nesta segunda-feira (22) —, o Maranhão é o terceiro estado com maior índice de casos de violência no campo.

As ocorrências abrangem despejos, ameaças de morte, intoxicação, destruição de casas e roçados, entre outros — são relacionados à disputa por terra (1.724), seguidos de 251 ocorrências de trabalho escravo rural e 225 episódios envolvendo a luta por água.

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