movimento educacional

Dia Mundial do Escoteiro: o papel do Escotismo na formação de crianças e jovens

Experiências compartilhadas através dos olhos de crianças, jovens, pais e chefes escoteiros.

(Foto: Geísa Batista)

Nesta terça-feira (23) é celebrado o Dia Mundial do Escoteiro. Crianças, jovens, pais e chefes se unem para compartilhar suas experiências e reflexões sobre o significado de fazer parte do movimento escoteiro.

O movimento escoteiro, fundado por Robert Baden-Powell, chegou ao Brasil na década de 1910 e estabeleceu uma presença duradoura no Maranhão, que já somam 107 anos. Essa longa história de compromisso e desenvolvimento educacional é agora celebrada e compartilhada por aqueles que encontraram no escotismo uma fonte de aprendizado e crescimento pessoal.

(Fotos: Geísa Batista)

O escotismo é um movimento educacional voltado para crianças e jovens, sem associações político-partidárias, liderado por adultos voluntários que priorizam a inclusão de todas as pessoas, independentemente de sua etnia, classe social ou crença.

O escotismo tem como propósito, contribuir, por meio das atividades escoteiras, incentivar o jovem a assumir o seu próprio desenvolvimento o aprendizado de valores morais, especialmente do caráter, ajudando-os a realizar suas plenas potencialidades físicas, intelectuais, sociais, afetivas e espirituais, como cidadãos responsáveis, participantes e úteis em suas comunidades, praticando boas ações e em contato com a natureza, enriquecendo o desenvolvimento pessoal e complementando a educação recebida pela sua família e outros instituições.

Movimento Escoteiro

Participar do movimento escoteiro tem um impacto positivo na vida de muitas crianças e jovens, como é o caso do lobinho Luís Cláudio de Pádua Pires, que ingressou no movimento escoteiro aos 7 anos e desde então tem desenvolvido habilidades como responsabilidade, solidariedade e respeito. Durante a comemoração do aniversário de 36 anos do 1° Grupo Escoteiro Coelho Neto (GECON), Luís Claudio, aos 11 anos, recebeu o “Cruzeiro do Sul”, o distintivo de grau máximo do Ramo Lobinho.

(Foto: Geísa Batista)

Luís Cláudio, expressa com emoção a importância do reconhecimento que recebeu, destacando o significado das estrelas do “Cruzeiro do Sul” e a conquista por meio de atividades. Ele relata que sua entrada no grupo foi marcada por um encontro fortuito. “Foi em 2019, estava passeando com meu pai, e encontramos o grupo fazendo uma atividade de restauração de uma praça no bairro, meu pai que já fez parte do movimento no estado do Piauí, conversou com os chefes para eu experimentar e eu acabei entrando”.

Além disso, o lobinho falou que sente que conquistou mais inteligência e liberdade com a prática dos valores escoteiros, ajudando os outros e ouvindo os mais velhos, tanto em casa quanto na escola.

O exemplo

Como ensinou o pai do escotismo, Baden- Powell, “Não há ensino que se compare ao exemplo”. A jovem Alice Ferreira, com 16 anos, é guia do 1º GECON, teve sua trajetória no escotismo influenciada desde antes de nascer, pois sua mãe e seu pai faziam parte do movimento.

“Minhas maiores influências para entrar no movimento veio de meu pai, tio e padrinho, ambos chefes escoteiros. Adoro descobrir coisas maravilhosas que serão úteis para o meu futuro. Sou grata por ter sido influenciada a entrar nesse movimento que não só me ajudou, mas também ajuda as pessoas ao seu redor”, contou Aline, que ingressou oficialmente aos 7 anos, conquistando o Cruzeiro do Sul como lobinha e a Liz de Ouro como escoteira. Atualmente, a guia tem o objetivo de conquistar o Escoteiro da Pátria, todas graduação máximas no Escotismo de acordo com a faixa etária dos jovens.

Família no movimento Escoteiro

Para os pais, o escotismo é uma escola para vida. Ildejan de Souza Ferreira, chefe escoteiro, pai da guia Alice, compartilha como o movimento escoteiro teve um impacto incrivelmente positivo em sua vida, desde o momento em que ingressou em 1987 até os dias atuais.

“Comecei aos 15 anos e isso contribuiu significativamente para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. Como membro ativo, busco auxiliar outras crianças e jovens que ingressam no movimento. O escotismo não apenas influenciou minha vida, mas também inspirou minha filha, Alice, a seguir meus passos e fazer parte desse movimento que tanto contribuiu para a sua vida”, expressou Ildejan com gratidão.

Segundo o chefe Ildejan Ferreira, o escotismo representa uma formação essencial para a vida das crianças. “Aqui elas adquirem responsabilidade, organização, e valores como respeito ao próximo, trabalho em equipe, hierarquia, entre outros aspectos”, enfatiza Ildejan.

E com o intuito de promover a integração familiar, os pais também são convidados a “apoiar” as atividades dentro do movimento. Nesse contexto, Geísa Batista, jornalista, 39 anos, reintegrou ao movimento escoteiro. “Comecei a colaborar com o 1º GECON, onde minha filha de 8 anos também decidiu entrar, seguindo meus passos. Eu ingressei no escotismo aos 10 anos por influência do meu irmão, irmã, e amigos de infância, que também fizeram parte do 1ºGECON”, afirmou Geísa Batista.

“Minha filha sempre ouviu falar sobre os benefícios do escotismo em minha vida. Recentemente, ela teve contato com uma amiga que faz parte do movimento e em uma manhã acordou dizendo: ‘Mãe, eu quero ser escoteira igual a você’. Levei-a para conhecer e agora ela está no seu primeiro mês de atividades. Nos finais de semana, ela fica ansiosa perguntando se irá participar das atividades. Estou muito grata e feliz por vê-la seguindo meus passos!”, compartilho emocionada.

Trabalho Voluntário

O diretor presidente do 1º GECON, o chefe Escoteiro, Márcio Nava tem 36 anos de dedicação ao Escotismo, ocupando diversos cargos na Diretoria Regional e no 1° GECON. Além disso, ele teve experiência trabalhando com jovens na Tropa Escoteira e recebeu reconhecimento por suas contribuições com medalhas de bons serviços e gratidão a nível local, e a nível nacional com as medalhas de Tiradentes e Cruz de Valor.

O chefe Márcio Nava destaca o papel fundamental do escotismo na formação de crianças, adolescentes e jovens. “O escotismo tem importante contribuição do escotismo na formação das crianças, adolescentes e jovens, desenvolvendo capacidades físicas, intelectuais e sociais, assumindo seu próprio desenvolvimento e auxiliando na formação do caráter e de cidadãos honestos, responsáveis e úteis à sociedade. Ressaltamos dentro do movimento a importância dos valores como honra, lealdade, disciplina e amor ao próximo”, explicou.

Para uma pessoa ser voluntário ela precisa ter no mínimo 21 anos e não precisa ter sido escoteira antes para começar a fazer parte do movimento escoteiro e ter disponibilidade de tempo aos sábados pela tarde, algumas horas durante a semana para o planejamento das atividades junto com os demais chefes.

1º Grupo Escoteiro Coelho Neto (GECON)

O 1º Grupo Escoteiro Coelho Neto, ou como é carinhosamente chamado pelos seus membros, GECON, foi fundado em 09 de abril de 1988, por iniciativa de três funcionários da Alumar – Consórcio de Alumínio do Maranhão, que tinham como objetivo oferecer aos filhos de funcionários da empresa, uma alternativa de atividades voltadas para a formação da cidadania e de envolvimento com a comunidade.

No 1º GECON, as reuniões escoteiras são planejadas e conduzidas por adultos voluntários chamados Chefes Escoteiros. Eles buscam desenvolver nos jovens uma educação para a vida por meio do Método Escoteiro, que promove a autoeducação contínua, o empoderamento e o aprendizado cooperativo.

Esse método proporciona a aquisição de novas competências educativas, incluindo conhecimentos, habilidades, atitudes e valores, por meio de ações práticas, variadas, divertidas e relevantes. Isso permite que os jovens ajam, cometam erros, reflitam e descubram, promovendo o desenvolvimento em todas as dimensões de sua personalidade.

Em São Luís, o 1° Grupo Escoteiro Coelho Neto, recentemente firmou uma nova parceria para a realização de suas atividades junto ao IEMA Pleno Rio Anil, antigamente chamado de CINTRA, localizado na Rua da Companhia, Nº 01 – Anil, com atividades regulares todos os sábados das 15 às 17:30hs. O grupo trabalha com crianças, adolescentes e jovens na faixa etária dos 6,5 até 21 anos incompletos, divididos em quatro faixas etárias: Ramo Lobinho (6,5 a 10 anos), Ramo Escoteiro (11 a 14 anos), Ramo Sênior (15 a 17 anos) e Ramo Pioneiro (18 a 21 anos).

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