Tradição

Preços dos pescados podem aumentar na Semana Santa

Por tradição, se abstém do consumo das carnes, substituindo-as pelos peixes e derivados do mar. Com isso, observa-se significativo aumento nos valores.

Reprodução

Já estamos em plena Semana Santa, quando o mundo cristão, por tradição, se abstém do consumo das carnes, substituindo-as pelos peixes e derivados do mar. Com isso, observa-se significativo aumento no consumo dos mariscos e pescados do mar e de água doce.

Há muito peixe em estoque e também para chegar dos centros produtores, o que garantirá o abastecimento do mercado consumidor, sem o risco de faltar o produto, é o que garante o empresário Wilson Cutrim, que tem negócios no entreposto de pescados no Desterro.

Ele disse que mesmo com a influência do excesso de água doce, nas baías do litoral maranhense, por consequência das fortes chuvas, que resulta na falta de alguns pescados como a pescada amarela, único peixe que poderá ter menor oferta no período da Semana Santa, há muito peixe para ser ofertado ao consumidor, como uritinga a R$ 15,00, peixe pedra a 16,00 e serra a R$ 22,00. A pescada amarela já está R$ 45,00. Wilson Cutrim descarta a possibilidade do aumento do preço dos pescados, no decorrer desta semana.

Atravessadores se aproveitam do momento

No entanto, alguns atravessadores que se intitulam de empresários, se aproveitam do momento que a procura é maior pelos pescados, para aumentar os preços dos produtos, absurdamente, movidos pela ganância de obter maiores lucros. A assertiva é do revendedor de pescados Antonio Pereira, estabelecido no setor de peixes do Mercado Central.

Ele disse ainda que, além de onerar os preços dos peixes, os atravessadores ainda praticam concorrência desleal com os chamados “peixeiros”. Que para não terem prejuízos em maiores proporções, se obrigam a reduzir os preços praticados no varejo e, consequentemente, os seus lucros, visto que, os empresários praticam nos seus pontos de vendas, também o varejo nos preços que fornecem os produtos aos peixeiros no atacado. “Assim eles nos subtraem os fregueses, praticando uma concorrência desleal”, disse Antonio Pereira.

A mesma situação é vivida pelos revendedores de mariscos, que já estão praticando preços altos e anteveem mais uma majoração, pelos fornecedores, no decorrer desta semana. A avaliação é de Benício Carlos Silva. Ele disse que o caranguejo beneficiado (carne) já está sendo vendido o quilograma por R$ 60.00 e poderá, até na sexta-feira, chegar a R$ 80,00, o mesmo acontecendo com o sururu, camarão e sarnambi.

O revendedor Nilson Muniz, disse que o consumidor que desconhece como funciona o mercado de pescados na capital, sempre culpa os “peixeiros” pelos preços altos praticados no período da Semana Santa, quando os empresários fornecedores especulam, reduzem a oferta dos produtos para aumentar a procura e exorbitam os preços. “Somos obrigados a adquirir os pescados nos preços impostos pelos fornecedores, porque precisamos trabalhar. Temos famílias e precisamos honrar nossas despesas”, assegura o revendedor.

O camarão seco que é um dos produtos do mar mais procurados, para a elaboração dos pratos típicos da gastronomia maranhense, como as tortas, saladas e o famoso arroz de cuxá, é outro produto que está com os preços nas alturas variando entre R$ 40, 00 e R$ 100,00, com previsão de ser majorado em vinte por cento.

O revendedor Israel Silva Cunha, que há 40 anos trabalha com a venda de camarões no Mercado Central, afirmou que está havendo uma escassez do produto em fase da invasão de água doce no mar, em consequência das fortes chuvas da época, o que está prejudicando a captura dos camarões.


No Mercado de Caranguejos, na Fronte do Bispo, o preço está estabilizado em R$ 10,00 a cambada com três unidades. O vendedor Wagner Santos, que há 15 anos trabalha ali, garantiu que não há possibilidade do preço do produto ser aumentado em função da Semana Santa. No Mercado Central os preços praticados, podem ser majorados até sexta-feira, que é o dia de maior consumo dos pescados e mariscos pelos cristãos.

Mercado Central


Pescada amarela R$ 50 / 60
Pescadinha R$ 25 / R$ 30
Uritinga R$ 25 / R$ 30
Tilápia R$ 23 / R$ 25
Mandubé R$ 20 / R$ 25
Tambaqui R$ 20 / R$ 25
Peixe Pedra R$ 30 / R$ 35
Peixe Serra R$ 25 / R$ 30
Supermercados
Tambaqui R$ 12,99
Serra R$ 19,90
Arraia R$ 11,00
Bandeirado R$ 17,00
Uritinga R$ 16.90
Pedra R$ 34,00
Corvina R$ 29,00
Aracó R$ 27,00
Surubim R$ 29,00
Piramutaba R$ 29,99
Anchova R$ 18,99
*pesquisa realizada em 25/3/2024

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