Polícia Civil investiga plano de professor preso para matar ex-mulher
O plano foi descoberto pela Polícia Militar durante uma revista de rotina na cela onde ele está detido.
A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) está investigando um plano que teria sido elaborado por Ledson Rodrigues de Oliveira, de dentro da prisão, para matar a ex-mulher, a professora Edemires de Moura Barbosa, de 35 anos, na cidade de Balsas.
No ano passado, Edemires foi vítima de uma tentativa de feminicídio, quando foi baleada dentro de casa enquanto almoçava com os filhos.
Ledson Rodrigues, também professor e pai dos filhos de Edemires, foi preso suspeito de ser o mandante da tentativa anterior.
Mesmo estando preso preventivamente, Ledson estaria planejando uma nova forma de atacar a professora.
O plano foi descoberto pela Polícia Militar durante uma revista de rotina na cela onde ele está detido.
As anotações feitas à mão detalhavam a rotina de Edemires e incluíam um esboço de mapa dos lugares que ela frequenta.
O papel encontrado foi encaminhado para a PC-MA para iniciar as investigações.A polícia suspeita que Ledson não tenha agido sozinho e esteja recebendo ajuda de pessoas fora da prisão para planejar o assassinato.
Edemires relatou sentir-se constantemente ameaçada, mesmo dentro de casa, e não se sente segura em nenhum lugar.
Além disso, a Polícia Civil investiga o aparecimento de um rastreador clandestino no carro de Edemires, possivelmente instalado por Ledson.
No dia 25 de março de 2023, Edemires foi atingida por três tiros enquanto almoçava com os filhos em casa.
Dois homens invadiram a residência, um deles disparou contra a professora, atingindo suas mãos e rosto.
Os criminosos fugiram em um veículo sem placa.
Edemires foi encaminhada ao Hospital Regional de Balsas e depois transferida para um hospital particular no Piauí, onde passou por uma cirurgia de reconstrução facial.
As investigações levaram à prisão de Antônio Botelho de Sousa, de 26 anos, e Jhorranes Leite da Silva, como autores do crime, contratados por Ledson Rodrigues.
Botelho foi identificado como o atirador e Jhorranes confessou ter dirigido o carro usado no crime.
A Polícia Civil aponta ligações entre Ledson e Antônio Botelho, ex-aluno dele, além da participação de Ledson no aluguel do veículo utilizado no crime.