Brasil atingiu a marca de 2 milhões de casos de dengue. No Maranhão, a população se preocupa com a quarta morte causada pela dengue, arbovirose provocada pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Até o momento, o Maranhão registra 3.997 casos prováveis de dengue, desses, 1.686 confirmados. Dois óbitos estão em investigação. De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, em relação à dengue, na semana 11, que compreende o período de dezembro de 2023 a março de 2024, houve um crescimento de 131 casos. Em 2023 foram 317 casos, em 2024, 448.

Na última quinta-feira (21), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou mais duas mortes pela doença: uma criança de 5 anos, da cidade de Brejo, e um idoso de 67 anos, do município de São João dos Patos.

A criança foi transferida para um hospital em São Luís, mas não resistiu às complicações da doença. Já o idoso, que apresentava sintomas desde o início de fevereiro, faleceu no dia 3 de março após ser transferido para o Hospital da Ilha.

As outras vítimas foram: um jovem de 23 anos, residente da cidade de Lago Verde, que faleceu no dia 8 de março no Hospital Geral de Bacabal. Ele estava internado com febre, cefaleia, mialgia, náuseas e vômito. A outra vítima era residente na capital maranhense.

Outra vítima do mosquito foi a óbito por Chikungunya. A vítima era residente do município de Caxias, e outras 4 mortes estão sendo investigadas, com residentes de Itapecuru-Mirim,Pinheiro e São Luís. Até o dia 18 foram confirmados 68 casos, outros 286 são casos prováveis. Houve um decréscimo de 59% de casos prováveis em relação ao mesmo período do ano anterior.

Tempo entre início dos sintomas até óbito são 6 dias

De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo médio entre o início dos sintomas e a notificação de caso de dengue é de 4 dias. O tempo médio entre o início dos sintomas e a internação também é de 4 dias. Já o tempo médio entre o início dos sintomas até o óbito é de 6 dias, enquanto o tempo médio entre o início dos sintomas e os sinais de gravidade é de 5 dias.

Por isso, especialistas recomendam atenção nos serviços de saúde no atendimento ao paciente. Os sintomas da dengue incluem febre alta de início súbito, dor atrás dos olhos, mal-estar, prostração e dores no corpo.

A transmissão do vírus ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado.

Prevenção

Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.

Uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;

Remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;

Vedação dos reservatórios e caixas de água;

Desobstrução de calhas, lajes e ralos;

Participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Tratamento

O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Por isso, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:

Repouso;Ingestão de líquidos;

Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;

Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.

Ainda não existe tratamento específico para a doença.

A importância do diagnóstico precoce

Em todo o país a dengue tem avançado e se destaca como uma preocupação crescente para a saúde pública. Transmitida pelo Aedes aegypti, um mosquito que encontrou nos centros urbanos um ambiente propício para sua proliferação, a doença tem apresentado casos cada vez mais frequentes e severos, podendo levar a morte nos casos mais graves. Diante deste cenário, especialistas enfatizam a importância do diagnóstico precoce, principalmente para os quadros graves da doença.

Embora a maioria dos infectados pela dengue apresente sintomas leves ou mesmo nenhum sintoma, uma parcela dos pacientes pode desenvolver formas mais graves da doença, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue. Essas condições são caracterizadas por febre alta, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento das mucosas, entre outros sintomas. Sem o tratamento adequado, essas formas graves podem evoluir para complicações sérias, incluindo falência de órgãos e morte.

A importância do diagnóstico precoce e dos exames de sangue específicosO diagnóstico precoce da dengue portanto, é essencial para um tratamento eficaz e para a prevenção das formas graves da doença. Os exames de sangue desempenham um papel crucial neste processo, permitindo não apenas a confirmação da infecção pelo vírus da dengue, mas também o monitoramento da contagem de plaquetas e dos sinais de alarme para as complicações mais sérias.

Segundo os especialistas do Laboratório Lacmar, os principais exames utilizados para diagnosticar a dengue são o Antígeno NS1, PCR para Dengue e Sorologia para DengueIgM e IgG. Além disso, exames de contagem de plaquetas e hemograma completo são fundamentais para avaliar a evolução da doença e o risco de complicações.

Todos esses exames podem ser feitos por meio da simples coleta de sangue a qualquer hora, e o melhor, não exigem nenhum preparo prévio especial. E podem ser realizados em qualquer unidade do Laboratório Lacmar ou ainda, com coleta em domicílio. Mais informações pela Central de Atendimento do Lacmar nos telefones (98) 3236 3865 ou (98) 991036646 ou pelo Aplicativo OnLife.

É importante buscar orientação médica assim que surgir algum sintoma, para que sejam realizados os exames de sangue adequados e iniciado o tratamento de forma correta e o quanto antes, para evitar complicações.

Prevenção e Controle: Ações Indispensáveis

Vale lembrar que a luta contra a dengue não se restringe apenas ao diagnóstico e tratamento.

À medida que a temporada de chuvas prossegue no Maranhão, é natural um aumento no número de casos. Daí a importância da conscientização da população sobre a importância do diagnóstico precoce e das medidas de prevenção e controle do vetor; tais como como a eliminação de águas paradas onde o mosquito se reproduz, uso de repelentes, instalação de telas em janelas e portas, e a promoção de campanhas de conscientização são essenciais para reduzir a incidência da doença.

A colaboração da população é fundamental neste esforço coletivo. A adoção de práticas simples no dia a dia pode significar a diferença entre a vida e a morte, especialmente para os mais vulneráveis. E muito importante também, a vacinação que já está disponível em São Luís nos postos públicos de saúde, para crianças e jovens entre 10 a 11 anos de idade.