Mary Ferreira é indicada para receber o Prêmio Bertha Lutz do Senado Federal
Mary Ferreira é autora entre outros títulos as obras “Vereadoras e Prefeitas Maranhenses” e “As Caetanas Vão à Luta”.
A professora do departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão, Mary Ferreira foi aprovada pelo Senado Federal para receber o Prêmio Bertha Lutz.
“Com trajetória reconhecida pelos movimentos sociais e de luta pela igualdade de gênero, Mary Ferreira é uma pesquisadora, que se destaca pelo trabalho sobre participação feminina na política.
Ela é também integrante da coordenação do Fórum Maranhense de Mulheres”, destacou a senadora Eliziane Gama (PSD), autora da indicação.
Mary Ferreira é autora entre outros títulos as obras “Vereadoras e Prefeitas Maranhenses” e “As Caetanas Vão à Luta”.
O primeiro título citado, lançado m 2015 pela Udufma, é resultado da pesquisa “Representação política de mulheres no Maranhão: ação política de vereadoras e prefeitas e relação de gênero, traz à tona sujeitos historicamente silenciados e excluído dos espaços públicos: as mulheres.
Suplente de vereadora da Câmara Municipal de São Luís, Mary Ferreira tem um lastro histórico na luta pelos direitos da mulher e longa trajetória como militante do Partido dos Trabalhadores no Maranhão.
A premiação vai para mulheres que deram contribuição relevante à defesa dos direitos e das questões de gênero no Brasil.
A sessão de condecoração e entrega do diploma acontece por ocasião das celebrações do Dia da Mulher, no Plenário da Casa.
Quem foi Bertha Lutz
A bióloga e advogada paulista Bertha Maria Julia Lutz foi uma das figuras mais significativas do feminismo e da educação no Brasil do século XX.
Aprovada em concurso para pesquisadora e professora do Museu Nacional em 1919, tornou-se a segunda brasileira a fazer parte do serviço público no Brasil.
Teve contato com o movimento feminista ao estudar na Europa.
No retorno ao Brasil, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF).
Uma das principais bandeiras levantadas por Bertha Lutz na época era garantir às mulheres o direito de votar e de ser votada.
Isso só ocorreu em 3 de maio de 1933, na eleição para a Assembleia Nacional Constituinte.Bertha Lutz foi eleita suplente para a Câmara dos Deputados em 1934.
Em 1936 assumiu o mandato de deputada, que durou pouco mais de um ano.
Ela faleceu em 1976, no Rio de Janeiro.
*Com informações da Agência Senado