Matriz africana

Festival “Iemanjá, Rainha do Mar” celebra a diversidade e cidadania para combater o racismo religioso

Com o tema “Diversidade e cidadania no combate ao racismo religioso”, esta foi a primeira edição do festival.

Festival Cultural “Iemanjá, Rainha do Mar” celebrou a diversidade e cidadania para combater o racismo religioso (Foto: Fernando dos Anjos)

O sábado (24) foi de muita festa para os povos de terreiro em São Luís, com o Festival Cultural “Iemanjá, Rainha do Mar”. A celebração foi pensada para mostrar a diversidade religiosa do estado, desenvolver ações de cidadania, combater o racismo e a intolerância religiosa. O evento aconteceu na Praça de Iemanjá, na Avenida Litorânea, na Praia do Olho d’Água, na capital.

Com o tema “Diversidade e cidadania no combate ao racismo religioso”, esta foi a primeira edição do festival, realizado por meio das secretarias de estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), Igualdade Racial (Seir), de Governo (Segov), Cultura (Secma), Segurança (SSP), Agência Estadual Metropolitana Urbana e Serviços Públicos (MOB) e Procon/MA, em parceria com a Defensoria Pública do Estado do Maranhão (DPE-MA), sociedade civil e movimentos sociais representativos dos povos de terreiro.

A secretária de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular, Lília Raquel, afirmou que o principal foco do festival é promover a cultura de paz. “Por meio deste festival estamos debatendo e garantindo os direitos dos povos de terreiro e o respeito às religiões de matriz africana e afro-brasileiras. Esta medida faz parte de um pacote de ações do Governo do Maranhão para que a gente possa combater o racismo institucional e religioso em todo o estado”, disse.

Gerson Pinheiro, secretário de Estado da Igualdade Racial, ressaltou que o festival reforça o trabalho que é realizado pelo Governo do Maranhão para a proteção e garantia de direitos dos povos de terreiro.

“Estamos aqui, hoje, com diversos parceiros na realização deste festival, reunindo forças com todos os órgãos, instituições e entidades que trabalham contra o racismo. Os terreiros e sua religiosidade precisam ser respeitados, assim como são respeitadas a fé e não fé dos demais cidadãos”, comentou.

Festival

A programação do festival começou no início da tarde. A abertura contou com acolhida dos povos de terreiro que realizaram uma mística para reverenciar a cultura, a diversidade e as tradições das religiões de matriz africana e afro-brasileiras.

A partir das 15h, foi iniciada a programação cultural com apresentação de artistas e grupos culturais vinculados às tradições de terreiro do Maranhão. Foram shows musicais, performances teatrais e contação de histórias.

Mãe Cristina, do Terreiro Banzeiro Grande do Mar, que fica em São José de Ribamar, assinalou que o festival promove um intercâmbio entre os terreiros da Grande Ilha.

“Esse momento de hoje ficará sempre na nossa memória. Foi um momento de reconhecimento da nossa devoção e uma oportunidade de conhecer outras casas como a nossa que existem em São Luís e nas outras cidades. A gente tem sido muito atacado, sofrido muitas violências e esse festival veio para fortalecer a nossa luta”, ressaltou.

Cidadania

Durante o festival também foram ofertados diversos serviços ao cidadão e atividades recreativas. Entre as ações realizadas registra-se o mutirão do cadastro estadual dos povos e comunidades tradicionais, a emissão de 2ª via do CPF, orientações sobre Carteira de Trabalho Digital, inscrição e atualização do cartão do SUS.

Também foram feitos atendimentos pela Ouvidoria dos Direitos Humanos, Igualdade Racial e Juventude, atendimento móvel da Delegacia de Crimes de Intolerância e Racismo, atendimento móvel da Defensoria Pública do Estado do Maranhão, atendimento para serviços do Procon e atendimento do Sine itinerante.

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