Na segunda-feira (15), a Perícia Oficial do Maranhão realizou a exumação do corpo de Ana Caroline Sousa Campêlo, brutalmente assassinada em dezembro do ano passado em Maranhãozinho.

A ação foi ordenada pela Justiça, atendendo a um pedido da Polícia Civil, que investiga o caso.

O corpo foi enterrado em Centro do Guilherme, cidade natal da vítima.

A polícia informou que Ana Caroline foi sepultada sem exames, e seus restos mortais foram levados para serem periciados em São Luís.

A jovem, de 21 anos, teve a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas retirados. Mais de dois meses após o crime, nenhuma pessoa suspeita foi presa.

A Polícia Civil acredita que os exames realizados no corpo da vítima podem ser cruciais para solucionar o caso, que chocou pela crueldade dos detalhes.

A falta de suspeitos até o momento complica a identificação da motivação do crime, e diversas hipóteses estão sendo investigadas.

O caso provocou manifestações de entidades de apoio à causa LGBTQIA+, que indicam a possibilidade de lesbofobia, considerando que Ana Caroline iria morar com a namorada.

A ministra da Mulher, Cida Gonçalves, classificou o crime como “lesbofobia”. No entanto, a Polícia Civil destaca que estão em curso investigações abrangentes e que não há suspeito identificado.

Lúcio Reis, delegado-geral adjunto operacional do Maranhão, afirmou que a equipe da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa continua na região para apoiar a Polícia Civil local, mas a falta de suspeitos torna desafiadora a indicação da motivação do crime.

O caso continua a gerar comoção e destaca a necessidade de esforços para esclarecer e solucionar esse brutal assassinato.