Ao lado de Dino, Lula anuncia Ricardo Lewandowski como Ministro da Justiça
O ex-ministro do STF aceitou o cargo na Esplanada, com a exigência de ter carta branca para nomear toda a sua equipe de trabalho
Em ato no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou, ao lado do ministro da Justiça, Flávio Dino, oficializou a indicação do ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski para a pasta ainda ocupada pelo ex-governador do Maranhão. Ficou em aberto se o secretário Executivo do Ministério da Justiça, jornalista Ricardo Capelli, personagem que ganhou relevância na pasta desde quando foi nomeado interventor em Brasília, para enfrentar os golpistas de oito de janeiro. Ele disse que não vai pedir demissão e que sairá de férias com a família, mas pronto para na volta, fazer a transição para Lewandowski.
No entanto, atendendo pedido do presidente Lula, Dino, que assume vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 22 de fevereiro, vai coordenar pessoalmente a transição na pasta. Por outro lado, o Diário Oficial da União publicou, ontem, o ato de exoneração do secretário do Ministério da Justiça, Diego Galdino. Ele foi secretário de Cultura do governo Flávio Dino, assim como Ricardo Capelli era secretário de Comunicação e filiado ao mesmo PSB em que, até agora, está como abrigo partidário do futuro ministro do STF.
“Hoje é um dia muito feliz pra mim. Estou diante de um companheiro que está prestando um serviço extraordinário para a Justiça brasileira e que, acertadamente, o Congresso Nacional homologou para que seja a partir do dia 22 de fevereiro, o novo ministro da Suprema Corte”, disse Lula sobre Dino.
“E feliz porque tenho do meu lado esquerdo um companheiro que foi um extraordinário ministro da Suprema Corte, que deixa uma cadeira vazia e que será ocupada por Flávio Dino – não a dele, mas uma cadeira da Suprema Corte”, brincou Lula ao falar da aposentadoria de Lewandowski, em abril passado, que foi substituído por Cristiano Zanin. Dino ocupará a vaga deixada por Rosa Weber.
“E ele (Lewandowski) vai ocupar a cadeira deixada por Flávio Dino”, disse Lula.
O presidente ainda falou que ficou feliz pelo fato de o ex-ministro do STF aceitar o convite para comandar o Ministério da Justiça.
“Eu sabia das atividades privadas dele e eu achava que ele iria colocar dificuldades. E graças a Deus, a Iara (esposa do ministro) teve a compreensão de falar para o Lewandowski: ‘eu sei que você quer ir, então vai meu amor’. E ontem ele aceitou ser o novo ministro da Justiça desse país”, emendou Lula.
Galdino trabalhou com Cappelli durante a gestão de Flávio Dino no governo do Maranhão. Em seu Instagram, disse estar “partindo para novos desafios” e se despediu da pasta. Com a saída de Dino e a nomeação de Ricardo Lewandowski, o PSB perde a titularidade da pasta. Por isso, mais membros do partido podem deixar o ministério. O ex-ministro do STF aceitou o cargo na Esplanada, com a exigência de ter carta branca para nomear toda a sua equipe de trabalho.
As notícias que circulam em Brasília antecipam que Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal; Antônio Fernando Souza Oliveira, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal poderão permanecer nos respectivos cargos.