O atacante Neymar voltou a ser destaque global esta semana, mas, mais uma vez, não pelos seus feitos no futebol. Segundo informações do jornal francês Le Parisien, o brasileiro está enfrentando acusações de “trabalho oculto” por parte de uma ex-empregada doméstica.

Alega-se que a funcionária teria trabalhado de maneira ilegal e em longas jornadas quando Neymar era jogador do Paris Saint-Germain.

Durante um ano e meio, a ex-empregada doméstica trabalhou em Bougival, nos arredores de Paris, no departamento de Yvelines. A brasileira, de 35 anos, está buscando uma indenização de R$ 2 milhões na Justiça do Trabalho da França.

A funcionária, cujo nome não foi revelado, começou a trabalhar para Neymar durante a festa de aniversário de 27 anos do jogador, em 2019, inicialmente como ajudante de cozinha. Posteriormente, foi contratada por outros funcionários do atacante, passando a trabalhar fixamente para o jogador a partir de maio de 2020.

A ex-funcionária acusa Neymar de não remunerar as horas extras trabalhadas. Além disso, relatou que foi obrigada a continuar trabalhando até 15 dias antes do nascimento prematuro de seu quarto filho, sem acompanhamento médico.

De acordo com o Le Parisien, a ex-funcionária registrava suas horas extras em um caderno, uma vez que não possuía contrato de trabalho formal. Ela recebia 15 euros por hora (cerca de R$ 79 na cotação atual) e trabalhava quase 70 horas por semana, sem direito a um dia de folga. A ex-empregada também afirmou que era responsável por todas as tarefas domésticas, incluindo cortar as unhas dos companheiros do atacante.

Por não ter um contrato formal, a ex-empregada recebia seu pagamento em dinheiro vivo, evitando assim declará-la como funcionária para o sistema fiscal local. Além disso, ela não possuía visto de trabalho para permanecer na França. O jornal francês relata que ela tentou buscar um acordo amigável, porém sem sucesso.