Evento

Mostra Cinemateca virá a São Luís em janeiro

A exposição exibirá grandes nomes do cinema nacional no Centro Cultural Vale Maranhão.

Filme Central do Brasil de 1998. (Foto: Reprodução)

Em breve, o público maranhense vai poder conferir a programação da mostra itinerante “A Cinemateca é Brasileira”, que está em cartaz desde o mês de agosto e já passou por várias cidades brasileiras. Será a oportunidade de assistir obras, por exemplo, dos primeiros tempos do cinema brasileiro, do cinema novo, cinema marginal.

Em São Luís, a programação será realizada pelo Instituto Cultural Vale/Centro Cultural Vale Maranhão, na Rua Henrique Leal, 149, Centro, em janeiro de 2024, em data a ser divulgada pela Cinemateca.

A mostra faz parte do pacote de investimentos e projetos anunciados em comemoração a um ano de reabertura da Cinemateca Brasileira, para a preservação e difusão do audiovisual no país.

A convite do Instituto Cultural Vale, eu fui conhecer alguns projetos em São Paulo que são patrocinados pelo mesmo, dentre eles, o Projeto Viva Cinemateca. Aprovado na Lei Rouanet, o projeto permite a empresas e pessoas físicas destinarem parte do imposto de renda para a iniciativa (Art. 18 da Lei Federal de Incentivo à Cultura).

Para a Cinemateca, o patrocínio do Instituto Cultural Vale, desde o início (2020), foi de R$ 14.889.873,44, dos quais R$340 mil em recursos próprios. O restante, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Ter conhecido os meandros da Cinemateca, e toda a história que ela carrega, de acervo, catalogação, preservação, restauro e difusão, só reforçou em mim o sentimento de importância que tem o cinema brasileiro e de como as obras cinematográficas precisam ser conhecidas.

A mostra itinerante tem o papel de levar esse trabalho, que vai promover a circulação do acervo, debates, mostras nacionais, exposições e ações educativas e formadoras.

A Cinemateca é Brasileira

Para a mostra, a curadoria da Cinemateca Brasileira preparou uma seleção de 19 filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história.

O objetivo é resgatar o papel do audiovisual na memória dos brasileiros e ressaltar a função da Cinemateca nesse trabalho de preservação da história do país. São feitas referências a 10 grandes filmes e produções de TV nacionais, como Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976), de Bruno Barreto, Central do Brasil (1998), de Walter Salles, e a novela Mulheres de Areia (1973), da TV Tupi.

“Esses títulos são um panorama da história do cinema brasileiro, que começa na década de 1930 com ‘São Paulo: a sinfonia da metrópole’. E esse panorama chega até os dias de hoje com ‘Marte Um’. A intenção é demonstrar a importância da memória do cinema e do audiovisual para a história e cultura do país, e mostrar qual é o papel da Cinemateca na preservação dessa memória. As pessoas, de maneira geral, não sabem o que é uma Cinemateca. Existe uma Cinemateca brasileira que está sediada em São Paulo há mais de 70 anos e que o Brasil precisa conhecer, a importância desse espaço e daquilo que ela faz”, disse Maria Dora Genis Mourão, Diretora Geral da Sociedade Amigos da Cinemateca/ Cinemateca Brasileira.

Filmes que compõe a Mostra

“São Paulo: a sinfonia da metrópole” (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, 1929), “Limite” (Mário Peixoto, 1931), “Carnaval Atlântida (José Carlos Burle, 1952)”, “Jeca Tatu” (Milton Amaral, 1959), “O cangaceiro” (Lima Barreto, 1953). “Cinco vezes favela” (Marcos Farias; Carlos Diegues; Miguel Borges; Joaquim Pedro de Andrade; Leon Hirszmann, 1962), “Deus e o diabo na terra do sol” (1964), “O Bandido da Luz Vermelha” (Rogério Sganzerla, 1968).
E ainda: “O pagador de promessas (Anselmo Duarte, 1962), “À meia-noite levarei sua alma” (1964), “Macunaíma” (1969, de Joaquim Pedro de Andrade), “Dona Flor e seus dois maridos” (Bruno Barreto, 1979), “Cabra marcado para morrer” (Eduardo Coutinho, 1984), “Ilha das Flores” (Jorge Furtado, 1989), “A Hora da Estrela” (Suzana Amaral, 1985), “Central do Brasil” (Walter Salles, 1998), “Cidade de Deus” (Fernando Meirelles e Katia Lund, 2002, Bacurau (Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, 2019), “Marte Um” (Gabriel Martins, 2023).
Exposição – Além da programação de filmes, uma exposição homônima está percorrendo dez cidades. Maior acervo de filmes da América do Sul, a Cinemateca contará a sua história, e consequentemente a do cinema brasileiro, em uma exposição que mesclará recursos digitais e analógicos.

Projetos de Preservação

Entre os projetos de preservação em andamento por meio do Viva Cinemateca, um dos destaques é o tratamento do acervo de nitratos (PRONAC 212939). Essa iniciativa visa catalogar, digitalizar e conservar os filmes em nitrato de celulose, que compõem a coleção mais antiga do cinema brasileiro, com registros audiovisuais que remontam à primeira década do século 20. Trata-se de uma oportunidade única de preservar e compartilhar esses registros com a sociedade. O Viva Cinemateca também inclui uma proposta de conservação, duplicação e difusão dos cinejornais do acervo do Canal 100 (PRONAC 221750).

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