Instituto Amor Incondicional clama por ajuda para não fechar
O Instituto tem 60 dias para efetuar reparos na parte elétrica, piso, entre outras reformas estruturais no casarão, sob risco de ser interditado.
Você já pensou em precisar de apoio, ter aquele apoio e de repente ele faltar? Cerca de 200 famílias beneficiadas com as ações do Instituto Amor Incondicional, uma organização sem fins lucrativos destinada a crianças com microcefalia e doenças raras, estão apreensivas.
Não só elas, mas funcionários e voluntários também estão preocupados. É que o Instituto tem 60 dias para efetuar reparos na parte elétrica, piso, entre outras reformas estruturais no casarão, sob risco de ser interditado.
Caso isso aconteça, essas famílias, muitas delas provenientes do interior do Maranhão, não poderão contar com o acolhimento do Instituto, que funciona como uma casa de apoio.
Tudo começou com uma denúncia à Vigilância Sanitária, que dizia entre outras coisas, que a casa tinha infestação de ratos, o que foi comprovado pelo órgão, em visita, que não era verdade. O Instituto recebeu a notificação há 4 dias, e precisa adequar o casarão para que ele não seja fechado.
No perfil oficial da ONG, a presidente do Instituto, Erica Kamila Ferraz Gonçalves, faz um apelo: “Fomos denunciados e com risco de fechar. Gostaríamos em primeiro lugar de agradecer a cada um que apoia o nosso projeto! Nossa casa está aberta a qualquer pessoa para visitar e conhecer! Nosso instituto está localizado em um antigo casarão na Rua das Hortas, pagamos aluguel, luz, e todas as necessidades essenciais para nossas crianças! Isso não vai nos parar! Temos Deus como nossa fortaleza e será mais uma provação vencida!”.
Beneficiários, voluntários e apoiadores do projeto que acontece há 8 anos, se sensibilizaram com a causa e demostraram apoio. Como a aposentada Iracema Andrade: “Conheço o trabalho deles. Foi uma maldade isso que fizeram, mas eles terão nosso apoio e a casa não pode fechar”.
Amor Incondicional sobrevive de doações
O advogado Juvêncio Farias Junior postou: “Eu conheço bem a casa. Já visitei e já mobilizei a associação religiosa que faço parte a doar, na época em que presidi. Tenho uma irmã com doença rara. Fico com profunda indignação ao ver esse vídeo e lhes digo de todo o coração: pode contar com toda a minha ajuda, especialmente ajuda jurídica, para que o mal não prevaleça”.
Para que a Casa não feche, Erica Kamila conta mais uma vez com doações. Segundo ela, a Casa tem gastos mensais de R$ 15 mil e não tem dinheiro em caixa para bancar as reformas que precisam.
O Instituto sobrevive de doações, e todas as famílias que passam por lá tem total assistência gratuita.
“Por mês atendemos 200 famílias, muitas do interior e que não tem onde ficar enquanto seus filhos fazem consultas ou tratamentos de saúde. Então, tudo que elas precisam enquanto estiverem em São Luís, a gente custeia. E ainda fazemos doações de cestas básicas, materiais de higiene, com ajuda de doadores voluntários que confiam no nosso trabalho”, disse Erica.
Agora, ela pede que alguma empresa que queira e possa fazer os serviços de reparo será bem-vinda. “O recurso que a gente tem é para bancar as despesas da Casa. Por isso, caso alguma empresa queira ajudar, seremos muito gratos, porque o trabalho que fazemos não é para a gente, é para o próximo”, disse Erica.
Erica contou que todos os dias tem de 7 a 10 pessoas na Casa e todas fazem refeição completa pelo tempo que estiverem hospedadas lá, isso sem contar as famílias que passam por lá para receber doações de fraldas, alimentos, dentre outras coisas.
Casarão do afeto
O Instituto fica na Rua das Hortas, no Centro de São Luís, e funciona há 2 anos com a completude que é hoje, com hospedagem, assistência social, equipe médica multidisciplinar, refeições diárias.
O sonho de ajudar famílias com crianças acometidas por doenças raras, ou com necessidades especiais, começou há 8 anos, na loja de Erica.
“Eu sou empresária, meu filho nasceu com microcefalia, e todo mundo me conhece porque tenho uma loja no Centro, meu marido é médico, e graças a Deus temos boas condições financeiras. Só que com a realidade do meu filho eu comecei a conhecer várias famílias com situação diferente e quis começar a ajudar. Comecei dentro da minha loja, e durou 6 anos. Aí doadores nos ajudaram a conseguir a Casa e arrumar tudo”, contou Erica.
No dia 5 de novembro de 2019, o projeto se transformou em Instituto. E em 2021, passou a ser sediado na Rua das Hortas, número 249, graças à ajuda de doadores solidários, acolhendo crianças que necessitam de ajuda e atendimento médico especiais, proporcionando bem-estar e tranquilidade para as famílias.
Quem quiser ser doador do Instituto, apadrinhar o projeto, ou mesmo ser voluntário, pode entrar em contato pelo (98) 98750-6347 (WhatsApp) para conhecer o projeto, ou fazer doação pelo pix: 35.532.346/0001-15 (CNPJ)