Hamas liberta 24 reféns e Israel solta 39 palestinos após acordo de trégua
A negociação durou mais de um mês e foi realizada de forma secreta, sendo intermediada pelo Catar e Estados Unidos.
Nesta sexta-feira (24), após mais de um mês de negociações realizadas em sigilo, com mediação do Catar e dos Estados Unidos, o grupo Hamas libertou o primeiro grupo de reféns, totalizando 24 pessoas, incluindo 13 mulheres e crianças israelenses, 10 cidadãos tailandeses e 1 filipino.
Por sua vez, Israel libertou 39 palestinos que estavam detidos antes mesmo do início da guerra, além de implementar uma trégua de quatro dias nos bombardeios.
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A confirmação do acordo e das libertações foi feita pelo Ministério de Relações Exteriores do Catar. O grupo mantido sob custódia do Hamas em Gaza desde o início do conflito em 7 de outubro, quando foram sequestrados, foi libertado e entregue por membros do Hamas a agentes da Cruz Vermelha, que coordenaram a operação.
Os reféns atravessaram a fronteira entre Gaza e o Egito pela cidade de Rafah. Relatos indicam que, ainda em Gaza, palestinos aplaudiram quando o grupo passou, expressando esperança de que a devolução dos reféns significasse a efetivação da trégua.
Eles foram recebidos por médicos e especialistas em comunicação com reféns e transportados de volta ao território israelense por helicópteros do exército de Israel.
Os reféns de nacionalidade tailandesa e filipina também foram encaminhados por Israel para receber atendimento médico antes de retornarem aos seus países de origem. Não foram fornecidos detalhes adicionais sobre o estado de saúde dos reféns.
O acordo, em vigor desde as 7h no horário local (2h em Brasília) desta sexta-feira, foi monitorado pelo Egito e pelo Catar.
O cessar-fogo abrange o norte e o sul de Gaza, sendo confirmado pelo Hamas em seu canal no Telegram, onde declararam a interrupção de todas as hostilidades por parte de suas forças.
Está prevista a libertação de mais de 50 reféns nos próximos dias, conforme o acordo que exige do Hamas a libertação em troca da trégua temporária nos ataques, bem como a soltura de prisioneiros palestinos que já estavam detidos antes do início da guerra.