ENTREVISTA

Diogo Gualhardo pensa em unir a direita em São Luís

Diogo Galhardo, afirmou que o Novo conversará com outras legendas e lideranças de direita. Além de reuniões internas para estabelecer as melhores estratégias para 2024

Diogo Gualhardo é o nome que o Partido Novo deve apresentar para as eleições em São Luís em 2024 - (foto: reprodução)

O advogado, historiador e empresário Diogo Gualhardo Neves será o candidato  a prefeito de São Luís, em 2024, pelo Partido Novo.  Em entrevista a O Imparcial, Gualhardo revelou como estão as tratativas em torno de seu projeto político rumo ao Palácio de La Ravardiere; falou sobre como foi passar pelo processo de escolha chamado de Jornada 2024, que foi adotado pela legenda para a escolha dos nomes dos candidatos para representar o Novo nas urnas, nas eleições do próximo ano. O pré-candidato ressaltou que o partido tem estabelecido diálogo com outras legendas, e conversou sobre outros assuntos relacionados à sua campanha que tem como foco o maior cargo do executivo municipal.

O IMPARCIAL – Em 2018, o Novo elegeu oito deputados federais, 11 estaduais e um distrital, além do governador Romeu Zema, em Minas Gerais. Em 2022, a legenda não atingiu a cláusula de barreira e diminuiu, chegando a três deputados federais, cinco estaduais e nenhum distrital. Mas Zema reelegeu-se ao governo mineiro. Como o partido tem trabalhado para ter mais protagonismo no cenário eleitoral de 2024 e 2026?

DIOGO GALHARDO – O partido, especialmente no Maranhão, tem buscado o diálogo com lideranças políticas já consolidadas, mas sem perder o investimento em novos nomes e conservando sempre seu compromisso estatutário e fundamentos ideológicos.

O IMPARCIAL – O Novo mudou sua forma de escolha dos candidatos e para este ano está com o processo chamado de Jornada 2024. O que foi determinante na escolha do seu nome para representar a legenda em uma chapa majoritária nas urnas no próximo ano?

DIOGO GALHARDO – Acredito que o partido percebeu que minhas posições são firmes e inegociáveis, em especial a necessidade de liberdade econômica, mas sem abandonar o foco na valorização de nossas origens e referências culturais. Uma visão de futuro mas sem abandonar o que somos.

O IMPARCIAL – O presidente nacional do partido Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou que a sigla mudará a estratégia para criar bases regionais nas eleições de 2024 a fim de evitar que desapareça em 2026. Como está o seu diálogo com a direção nacional em torno do seu projeto político?

DIOGO GALHARDO – O ambiente eleitoral brasileiro atual é particularmente voraz e predatório dos recursos públicos. O Novo acerta em não se sujeitar ao que há de mais espúrio nesse jogo. Minha posição é acreditar que a política pode ser exercida com cidadania e essa ideia está alinhada com a direção do partido.

Diálogo sem negar as bases da moralidade e da ética

O IMPARCIAL – O Novo tem estabelecido diálogo com outras legendas com relação a sua pré-candidatura? Quais? E como tem sido essa receptividade? Existe a possibilidade de seu vice ser de outra legenda?

DIOGO GALHARDO – O diálogo é fundamental na ordem democrática e faz parte da política. O Novo conversará com outras legendas e lideranças, mas dentro de seu espectro político, que é a direita. Dialogar sim, mas sem negar as bases da moralidade e da ética, o credo irrenunciável na liberdade e na conservação dos valores de nossa sociedade.

O IMPARCIAL – Em 2022, o Novo apoiou o ex-presidente Bolsonaro na sua reeleição para presidente do Brasil. O senhor acredita que o bolsonarismo pode atrapalhar ou contribuir de alguma forma na sua campanha para prefeito de São Luís?

DIOGO GALHARDO – O que se vê atualmente no Brasil é uma tragédia anunciada. O governo Bolsonaro teve problemas, mas nada se compara ao quadro atual, de desordem na economia, aumento nos gastos públicos, multiplicação da dívida e tributação progressiva, alem da arruaça ideológica. Isso tudo foi previsto em 2022. Agora, nesse cenário caótico, as oposições devem estar unidas. Isso é fundamental para o restabelecimento futuro da ordem.

O IMPARCIAL – O senhor é muito conhecido por ser um dos maiores defensores da preservação da memória e cultura de São Luís, principalmente na região do Centro Histórico e também empunha bandeira em defesa da preservação das áreas verdes da capital. Quais são as suas outras frentes de trabalho para tornar São Luís uma cidade melhor do que ela se encontra hoje?

DIOGO GALHARDO – Infelizmente, São Luís não chegou ao século XXI. Tem problemas de dois séculos atrás ainda não resolvidos, como a falta de saneamento básico, com reflexos diretos na saúde. Uma educação deficitária, que impacta diretamente na falta de oportunidade de bons empregos. Saúde problemática, educação sem resultados, falta de transporte público minimamente condizente com uma metrópole e crescimento econômico débil são entraves sérios que enfrentaremos como prioridade.

O IMPARCIAL – O Novo ainda não se posicionou de forma oficial para que o senhor possa dar a largada para sua pré-campanha. O que falta e quando isso ocorrerá?

DIOGO GALHARDO – O partido ainda está dialogando internamente acerca das melhores estratégias. Estamos ouvindo filiados e apoiadores. Não participamos da gastança com lançamentos suntuosos e propaganda antecipada velada que se vê em outras candidaturas. Trabalhamos com ações bem refletidas e amadurecidas.

O IMPARCIAL – O que a população pode esperar do candidato Diogo Gualhardo como prefeito de São Luís?

DIOGO GALHARDO – Predisposição para o trabalho, com eficiência e apresentação de resultados, firme na ética e na moralidade. Não vamos nos curvar a interesses escusos que, infelizmente, ainda ditam a política local.

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