O Maranhão registra anualmente mais de 12 mil internações de pessoas devido a queimaduras, conforme dados da Associação Maranhense de Apoio aos Sobreviventes de Queimaduras (AMASQ) e do DataSUS. Essa estatística coloca o estado como um dos que mais enfrentam internações devido a queimaduras em todo o país.

Entre os anos de 2015 e 2020, o Maranhão contabilizou mais de 56 mil casos de internações relacionadas a queimaduras. Mesmo com essa estatística alarmante, o estado inaugurou recentemente uma ala especializada no tratamento de queimaduras no Hospital da Ilha, localizado em São Luís.

No entanto, a Associação Maranhense de Apoio aos Sobreviventes de Queimaduras (AMASQ) enfatiza que os esforços ainda são insuficientes, visto que os pacientes queimados necessitam de apoio contínuo após o período de recuperação.

Desde 2019, a AMASQ vem lutando pela criação de um centro de atendimento especializado para pacientes queimados. Em 2023, houve uma conquista significativa com a inauguração da ala para queimaduras no Maranhão. No entanto, ainda falta um centro especializado para o acompanhamento pós-alta hospitalar dos pacientes queimados.

A AMASQ oferece serviços como terapia ocupacional, fisioterapia, atendimento psicológico, além de fornecer hidratantes e malhas compressivas. A instituição depende de doações e ressalta a importância do apoio da população.

As doações em dinheiro são direcionadas para a compra de malhas compressivas, cremes hidratantes e outros recursos necessários. Além disso, a instituição conta com trabalho voluntário.

No Congresso Nacional, está em tramitação um projeto de lei que busca garantir que todas as vítimas de queimaduras recebam atendimento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e tenham acesso aos mesmos benefícios concedidos a pessoas com deficiência. O projeto aguarda votação no Senado.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que o atendimento para queimados é focado na recuperação, oferecendo serviços como cirurgia plástica, balneoterapia, curativos especiais, fisioterapia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico.

Os pacientes permanecem na unidade de saúde até a completa cicatrização. Aqueles que necessitam de reabilitação são encaminhados para um centro especializado, que já atendeu 36 adultos e 19 crianças.