Homem que estuprou e matou mulher a facadas é condenado a mais de 18 anos de prisão
Taynara Machado foi morta no dia 5 de dezembro de 2018, no bairro Juçatuba, em São José de Ribamar.
Nesta sexta-feira (27), o 3º Tribunal do Júri de São Luís proferiu uma sentença condenatória contra Marcos Vinicius Rocha, de 36 anos, que recebeu uma pena de 18 anos e nove meses de prisão pelo crime de feminicídio cometido contra Taynara Machado Sousa.
O crime ocorreu em 5 de dezembro de 2018, no bairro Juçatuba, em São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís. O corpo de Taynara foi encontrado sem roupas três dias após o crime.
O juiz substituto Milson Reis de Jesus Barbosa, que presidiu o julgamento, negou ao réu o direito de apelar em liberdade.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Maranhão (MP-MA), Marcos Vinicius estuprou e assassinou Taynara Machado usando uma faca. O corpo da vítima foi localizado em um matagal em estado avançado de decomposição em 8 de dezembro. Os registros do celular do acusado indicaram sua presença na área onde o crime ocorreu.
Com base nas evidências, o réu foi acusado de estupro e homicídio qualificado por feminicídio.
Durante o julgamento, o promotor de Justiça Lúcio Gomes atuou na acusação, enquanto a defensora dativa Giovanna Regis Said cuidou da defesa. O magistrado José Ribamar Goulart Heluy Júnior, titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri, supervisionou o julgamento presidido por Milson Barbosa.
No julgamento, o promotor solicitou a condenação do acusado pelo homicídio qualificado por feminicídio e a absolvição da acusação de estupro. A defesa, por sua vez, pediu a absolvição com base na falta de provas.
Na sentença condenatória, o juiz ressaltou que a culpabilidade do acusado justifica um aumento na pena devido à premeditação e à frieza com que o crime foi cometido. O acusado atraiu a vítima para o local do crime, inclusive conduzindo-a até lá em sua própria bicicleta.
Além disso, o magistrado destacou que as circunstâncias do homicídio são desfavoráveis ao acusado, uma vez que o crime foi perpetrado em um local isolado com o propósito de evitar a punição. Atualmente, Marcos Vinicius, que já esteve detido durante o processo, encontra-se foragido.