DANÇA

Espetáculo de dança “Fio do Meio” chega a São Luís

As apresentações na capital maranhense marcam a chegada do projeto na região Nordeste

(foto: reprodução)

Em cena “o corpo político que dança” na praça do Panthéon, no Complexo Deodoro, ao lado do coração comercial de São Luís. A cidade recebe nesta quarta e quinta-feira (25 e 26) o premiado espetáculo “Fio do Meio/Vertigem”, ato nº 2 do projeto “Brasil sem Ponto Final”, escrito e dirigido pelo dramaturgo e antropólogo Paulo Emílio Azevedo e coordenado pela Zuza Zapata Arte e Produção.

As apresentações na capital maranhense, com início às 16h30, marcam a chegada do projeto na região Nordeste. A turnê do ato nº de “Brasil sem Ponto Final” contempla um total de 11 metrópoles brasileiras.

Interpretado pela Cia Gente, do Rio de Janeiro, o espetáculo é desenvolvido em dois atos, iniciando com “Fio do Meio” – vencedor do prêmio FUNARTE de Circulação em Dança -, seguido de “Vertigem” que, este ano, representou o país no Festival D’avignon, na França. Juntos, eles formam o 2° ato do “Brasil sem Ponto Final”, patrocinado pelo Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal União e Reconstrução.

Antes do espetáculo, os maranhenses vão poder entrar na dança. O projeto oferece a oficina de dança criativa “Corpo-Memória”, ministrada pela dançarina, performer, professora e pesquisadora do “corpo”, a carioca Paula Lopes, Paulinha. Serão dois dias de oficinas no SESC do Olho D’Água, das 13h30 às 15h30. As inscrições são gratuitas para qualquer pessoa a partir dos 18 anos.  As vagas são limitadas, para no máximo 30 alunos.

Em “Fio do Meio”, o criador toma como célula o movimento do esbarrão. A partir dele, observa e provoca uma via de mão dupla: a capacidade de mover corpos e, desse mover e abrir espaços de conversação. Dando sequência a proposição de ativar a rua como espaço criativo, sua arquitetura e seu diálogo com as pessoas, “Fio do Meio” extrapola a noção de margem e reconfigura outras relações de geocorporeidade; reterritorializando os usos da cidade, os arteiros produzem repetições oriundas de gestos do urbano para difundir catatonias e narrativas que pleiteiam a visibilidade de tantos outros corpos; tantas das vezes negados, miopizados e varridos.

Em “Vertigem”, adota-se um diálogo intenso e ininterrupto mediado pelos corpos dos intérpretes, cuja proposta expõe a borda, o ruído (também o silêncio), a corda bamba, a respiração ofegante e a embriaguez do gesto. Desnudado e cru, “Vertigem” persegue uma “labirintite cênica”, sendo o movimento dessa vez guiado por uma atmosfera que não almeja o controle; ao contrário, despreza-o e o desloca em busca do risco, daquilo que ainda não tem nome; mas que por tal recebe, gentilmente, o significado de “política”. Em cena, um “corpo político que dança”, conceito criado e desenvolvido por Paulo, desde a década de 90.

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