Cobertura vacinal é uma das menores do Brasil
Em 2022, a cobertura vacinal contra a poliomielite ficou em 74%.
O Maranhão, de acordo com levantamento realizado pelo DataSus, tem até então, em 2023, 42,76% de cobertura vacinal, uma das menores do país. Nesta semana, marcada pelo Dia Nacional da Imunização, é essencial lembrar que a falta de vacinação contra doenças transmissíveis representa um risco significativo para a saúde individual e coletiva da população, de que doenças anteriormente controladas ou erradicadas voltem a surgir.
Sobre esse levantamento, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que realiza, de forma permanente, o trabalho de mobilização, capacitação de equipes e incentivo à vacinação em todas as regionais de saúde do Maranhão.
“A SES ressalta que a execução das ações de imunização é de responsabilidade dos municípios e que, para contribuir com a ampliação da cobertura vacinal, especialmente na capital, tem disponibilizado como pontos de vacinação na rede estadual de saúde as Policlínicas Vinhais, Cidade Operária e Vila Luizão e os Hospitais Genésio Rêgo e Aquiles Lisboa, e realiza ainda campanhas de conscientização e incentivo à vacinação”.
Em 2022, o Maranhão alcançou 62,07% da cobertura vacinal. Também no ano passado a cobertura vacinal contra a poliomielite, doença que pode causar a paralisia infantil ou até levar a morte, ficou em 74%.
A meta é atingir 95% de cobertura para este público. Já em relação à vacina da BCG, que protege as crianças contra a tuberculose, a cobertura vacinal ficou em 83%. A tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola, ficou com 73% de cobertura.
A professora e coordenadora do curso de Biomedicina do Centro Universitário Estácio São Luís, Raquel Pontes, destaca a importância do imunizante também em nível nacional e até mundial. “Recentemente tivemos a problemática da pandemia da Covid-19, e ficou evidente a importância da vacina para nós. Ela protege a população contra várias doenças, como o sarampo, coqueluche e poliomielite, que eram erradicadas, mas que já observamos um retorno”, afirma.
Esse ressurgimento de doenças evitáveis através da vacinação ainda aumenta a carga sobre os sistemas de saúde. Mais casos levam a uma maior demanda por atendimento médico, hospitalizações e uso de recursos, podendo sobrecarregar hospitais e profissionais de saúde.
A profissional ressalta que o medo da agulha deve ser desmistificado para que a consciência pela vacinação seja maior. “Principalmente nas crianças que têm medo. Os pais têm um papel fundamental no incentivo da vacinação para os filhos, é um gesto de amor que terá impacto ao longo da vida. Quem não se vacina está desprotegido e prejudica, ainda, a saúde de quem está próximo”, enfatiza.
Indivíduos que não podem ser vacinados devido a problemas de saúde, idade (como bebês muito jovens) ou alergias estão em alto risco quando a comunidade não é vacinada. A imunidade coletiva, obtida quando uma grande parte da população é vacinada, protege essas pessoas ao reduzir a transmissão da doença na comunidade. “Por isso, é crucial compreender que a imunização não é apenas uma escolha individual, mas também uma responsabilidade coletiva para proteger a saúde da sociedade como um todo”, conclui a professora.
*com informações de Assessoria