"Plantão de Utilidade Lúdica"

Cia Carroça de Mamulengos leva novo espetáculo para 15 cidades do Maranhão

As apresentações acontecem em escolas e espaços públicos das cidades, passando por São Luís até São Pedro da Água Branca.

Plantão de Utilidade Lúdica, um espetáculo da Cia Carroça de Mamulengos (Foto: Divulgação)

Entre os dias 25 de outubro e 15 de novembro, a Cia Carroça de Mamulengos vai percorrer 15 cidades do Maranhão, por onde passa a Estrada de Ferro Carajás, para apresentar “Plantão de Utilidade Lúdica”, novo espetáculo da trupe de artistas formado pela família Gomide. Criada durante a pandemia, a peça é encenada por Maria e Ana Gomide , mãe e filha, duas palhaças brincantes, que nasceram e cresceram nos palcos e agora se encontram para dividir suas experiências com o público, acompanhadas por Miota, uma boneca que Maria ganhou quando era criança e, hoje, quem dá vida é a filha, Ana. 

As apresentações acontecem em escolas e espaços públicos das cidades, passando por São Luís até São Pedro da Água Branca. Depois, o grupo faz mais duas apresentações no Pará, nas cidades de Ourilândia do Norte e Parauapebas, finalizando a temporada em 20 de novembro.

A Carroça de Mamulengos é uma trupe de formação familiar criada há 47 anos pelo bonequeiro Carlos Gomide e a atriz Schirley França. Hoje o grupo é composto pelos seus oito filhos, noras, genros e sete netas. A companhia teve origem na cidade de Brasília, mas tem residência no Cariri cearense, onde há décadas mantém uma escola de saberes populares. Formada por brincantes, atores, músicos, bonequeiros, contadores de histórias e palhaços, a família de artistas já se estende à sua terceira geração, levando aos palcos diversas montagens teatrais. Por ser de origem itinerante, a companhia trabalha em cena com pernas de pau, bonecos gigantes, poesia, dança e música inspiradas na cultura popular. 

A peça nasce durante um dos momentos mais difíceis da história atual, quando famílias inteiras tiveram que se trancar em casa por conta da pandemia da Covid 19. Em meio ao turbilhão de emoções, inquietas, mãe e filha resolveram utilizar o ócio ao seu favor e começaram a criar juntas algumas cenas filmadas para serem vistas pela internet. “Logo que a pandemia começou, senti que não seria algo breve. Em 15 dias, nós já tínhamos feito e soltado um episódio pela internet. Quando as montagens online começaram a se tornar uma realidade, a gente já tinha a websérie pronta. O sucesso foi tanto que, assim que as portas abriram, levamos para os palcos”, conta Maria.

A montagem, que já foi apresentada na África e no Rio, fala sobre encontros e começos. Com muita alegria, diversão e momentos lúdicos, a dupla compartilha histórias reais e imaginárias, sempre interagindo com o público e construindo aos poucos, de forma orgânica e viva (como o teatro é) um “novo” espetáculo por onde passa.

Em cena, duas palhaças brincantes, que nasceram e cresceram nos palcos, agora se encontram para contar suas experiências com a participação especial da Miota, uma boneca que Maria ganhou quando era criança e, hoje, quem dá vida é a filha, Ana. “Essa peça marca o encontro de três gerações da família Gomide. Eu e Ana em cena, meus irmãos e minha mãe nos bastidores. É muito emocionante contracenar com a minha filha e a boneca que meu pai me deu quando tinha a idade dela. São personagens que se perpetuam pelo tempo, sendo passados de geração em geração”, reflete.

Esta é a segunda vez que a companhia percorre o trajeto da Estrada de Ferro Carajás. Para Maria, voltar às mesmas cidades que a Cia. passou em 2021 (com o espetáculo Janeiros) será uma experiência muito interessante.

“É muito bom levar o teatro e a cultura brasileira para lugares aonde ele nunca chega. Muitas pessoas estavam assistindo uma peça pela primeira vez. Pode ser que a gente encontre uma nova plateia, mas também podemos reencontrar o mesmo público, que nos assistiu dois anos atrás”, diz.

Ela, que passou a maior parte da vida viajando junto com os pais, está feliz por proporcionar à filha a mesma experiência. “Durante muitos anos, vivi com a mala pronta para a próxima viagem. Aprendi geografia andando pelas estradas. Agora, a Ana vai poder entender um pouco melhor essa experiência única, que só a itinerância traz, e que nos ensina coisas que não se aprende na escola”, afirma Maria.

Plantão de Utilidade Lúdica será apresentada em escolas municipais e estaduais, bem como em sessões em locais públicos, em apresentações para os estudantes e toda comunidade. Entre os dias 25 de outubro e 15 de novembro, a turnê passará por 15 cidades do Maranhão, partindo de São Luís até São Pedro da Água Branca, e, depois, no Pará, pelas cidades de Ourilândia do Norte e Parauapebas, finalizando a temporada em 20 de novembro.

Oficinas

Em cada uma das cidades da turnê, a companhia fará duas oficinas em escolas locais, às 9h30: “Contos e Cantigas Populares” e “Oficina de Técnicas artesanais e criativas para a construção de formas animadas”. Voltados para estudantes e professores, os encontros oferecem ferramentas para desenvolver a imaginação e a criatividade. As oficinas são desdobramentos da escola Carroça de Mamulengos, que atua no Cariri (CE), onde está a sua sede, e também de forma itinerante atendendo a públicos de todas as idades, incluindo um curso de pós-graduação ministrado pela companhia em parceria com A Casa Tombada (SP).

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