Invasão

Ataque contra Israel mata ao menos 100 pessoas; mais de 800 ficam feridas

Homens do Hamas invadiram as cidades israelenses durante uma ofensiva com mais de 5 mil foguetes disparados da Faixa de Gaza.

Um membro das forças de segurança israelenses tenta extinguir o fogo contra carros após um ataque com foguetes da Faixa de Gaza em Ashkelon, sul de Israel - (crédito: Ahmad GHARABLI / AFP)

A invasão de Israel, promovida pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas, deixou ao menos 100 mortos. A informação é da imprensa local. Mais cedo, por volta das 10h, um balanço da Magend David Adon, uma organização equivalente à Cruz Vermelha, disse que eram 40 mortos e mais de 800 pessoas feridas.

De acordo com a AFP, o Ministério de Saúde de Israel informou que há pelo menos 779 pessoas feridas.

No entanto, o cientista político especialista em Israel André Lajst, da ONG Stand WIth Us, acredita que o número é bem maior. “Vi vídeos de bases militares nos arredores de Gaza. Quartos inteiros de soldados israelenses mortos”, disse em um comunicado.“Dezenas de pessoas morreram, muitos soldados e civis foram sequestrados e levados pra Gaza. Esse é o pior ataque contra Israel desde a guerra de Yom Kippur. Não há dúvida que Israel vencerá essa guerra, com um grande custo”, acrescentou André.

O especialista também diz que o ataque do Hamas não vai trazer benefícios aos palestinos. “Isso não vai trazer glória nem vantagem política, econômica ou militar para os palestinos na Faixa de Gaza. Esse tipo de ação só traz morte e destruição, principalmente para os palestinos”, pontua André.

Ataque foi iniciado pelo lançamento de foguetes em Gaza

Os homens do Hamas invadiram as cidades israelenses durante uma ofensiva com mais de 5 mil foguetes disparados da Faixa de Gaza. Enquanto o fogo era lançado, os militantes armados entraram pela fronteira e começaram a invadir casas, matar soldados e civis e sequestrar israelenses.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram as cidades tomadas destruídas pelos foguetes, pânico dos moradores do país invadido e uma agressividade dos militantes. No início da operação, o comandante do Hamas publicou um vídeo e convocou os palestinos de todo o mundo para lutar.

Nas primeiras horas da invasão do Hamas, mais de 2,5 mil foguetes foram lançados contra Israel. Sirenes antiaéreas soaram nas principais cidades de Israel, inclusive em Tel Aviv e em Jerusalém. De acordo com a imprensa israelense, pelo menos 35 civis teriam sido sequestrados pelos militantes do grupo fundamentalista islâmico.

Hamas

O Hamas é o maior dentre diversos grupos de militantes islâmicos da Palestina. O nome em árabe é um acrônimo para Movimento de Resistência Islâmica, que teve origem em 1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Em seu estatuto, o Hamas se comprometeu com a destruição de Israel.

O grupo inicialmente tinha o duplo propósito de implementar uma luta armada contra Israel, liderada por seu braço militar, as Brigadas Izzedine al-Qassam, e de oferecer programas de bem-estar social aos palestinos.

Mas desde 2005, quando Israel retirou tropas e colonos de Gaza, o Hamas também se envolveu no processo político palestino. Venceu as eleições legislativas em 2006, pouco antes de reforçar seu poder no ano seguinte, derrubando o movimento rival Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

Desde então, militantes em Gaza travaram três guerras com Israel, que junto com o Egito manteve um bloqueio na região para isolar o Hamas e pressioná-lo a interromper os ataques.

Nessa nova escala do conflito em 2021, o Hamas e Israel voltaram a lançar mísseis depois que um grupo de palestinos foi impedido de entrar no complexo da mesquita Al-Aqsa em Jerusalém, um dos locais mais reverenciados pelo islamismo, no dia mais sagrado para o Islã.

O complexo também é o local mais sagrado do judaísmo, conhecido como Monte do Templo, e é um foco frequente de confrontos entre israelenses e palestinos. Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a futura capital de um Estado independente.

* com informações do Correio Braziliense

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