Vai ter horário de verão? Veja o que diz o governo Lula
Medida foi suspensa em 2019 na gestão Bolsonaro; Este ano, avaliação da pasta de Minas e Energia é de que, até o momento, não há necessidade
Um tema que é amado e odiado pela população deve permanecer intocado. A volta do horário de verão, neste ano, não é uma necessidade, segundo avaliação do Ministério de Minas e Energia. A mudança no relógio causou polêmica em 2019, quando foi suspensa por Jair Bolsonaro (PL). Desde então, o país não tem mais horário de verão.
“O Ministério de Minas e Energia (MME) informa que, em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo, os dados não apontam, até o momento, para nenhuma necessidade de implementação do Horário de Verão”, informou a pasta, em nota.
Segundo análise do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), “o período tipicamente seco está próximo do seu encerramento, o que torna os resultados de EAR [Energia Armazenada] mais relevantes. A região com a indicação mais elevada para a EAR é o Sul (86,3%). As demais projeções são: Norte (77%), Sudeste/Centro-Oeste (71,8%) e Nordeste (68%)”.
O boletim da semana entre 16 e 22 de setembro apresentou uma estimativa de que os níveis de EAR vão se manter, ao final do mês, acima de 70% em três submercados, o que representa estabilidade ante as primeiras revisões para setembro.
A coluna pediu mais detalhes sobre a análise do Ministério de Minas e Energia e esclarecimentos à Casa Civil para saber se o horário de verão está totalmente descartado. Não houve retorno das pastas.
Enquete de Lula
O horário de verão foi adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, na gestão de Getúlio Vargas. Em 2008, Lula (PT), que estava no segundo mandato, padronizou e regulamentou o horário de verão. Até 2019, quando foi suspenso por Bolsonaro, a mudança começava nos primeiros finais de semana de outubro e se estendia até o final de fevereiro, com objetivo de reduzir o consumo de energia e melhorar o consumo de luz natural.
Após ser eleito presidente, em novembro do ano passado, Lula abriu uma enquete em seu Twitter. Foram cerca de 2 milhões de interações, das quais 66,2% foram favoráveis à volta do horário de verão e 33,8% contrárias. Entre os favoráveis estava a primeira-dama Janja da Silva.