Uema realiza diplomação histórica de alunos indígenas em Grajaú
A solenidade foi marcada por cantos emocionantes, falas comprometidas com a qualidade da educação intercultural indígena, homenagens e depoimentos comoventes dos diplomados
A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) alcançou, nessa quarta-feira (20), um marco significativo em prol da inclusão e reconhecimento dos direitos dos povos indígenas ao ensino superior. Por intermédio do Programa de Formação Docente para a Diversidade Étnica do Maranhão (Proetnos), a instituição promoveu uma solenidade de diplomação de 21 alunos e alunas das etnias Krikati, Gavião e Guajajara no município de Grajaú.
Os concludentes faziam parte da primeira turma em Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena. A diplomação foi conduzida pela pró-reitora de graduação da Uema, Mônica Piccolo. Durante a cerimônia, os formandos receberam seus diplomas de conclusão dos cursos em Ciências da Linguagem, Ciências Humanas e Ciências da Natureza, consolidando um notável avanço na oferta de ensino superior específico e diferenciado para comunidades indígenas.
“É o segundo ato de diplomação realizado pela Uema com os alunos egressos desta primeira turma e é o segundo momento em que mais tenho orgulho de fazer parte desta universidade. Estamos vivenciando a materialização de um esforço coletivo que começou com a persistência e luta de cada um de vocês aliado à sensibilidade dos gestores e gestoras da Uema empenhados nessa causa”, celebrou a pró-reitora Mônica Piccolo.
A cerimonia de diplomação da primeira turma em Licenciatura Intercultural para a Educação Básica Indígena, do Proetnos/Uema, foi prestigiada pela professora Marivania Furtado, coordenadora geral do Proetnos; pelo prefeito de Grajaú, Mercial Arruda; pela professora Ana Rita Bezerra, diretora da Uema Campus Grajaú; por lideranças indígenas e outras autoridades locais.
A solenidade foi marcada por cantos emocionantes, falas comprometidas com a qualidade da educação intercultural indígena, homenagens e depoimentos comoventes dos diplomados.
“Esse diploma não é apenas meu, mas de todas as crianças indígenas que estão em sala de aula nas nossas aldeias. A educação é um direito, mas tem que ser do nosso jeito!”, celebrou a diplomada Alessandra Bento Guajajara.