A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar de Brasília a São Paulo e assistir à final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo, realizada no Morumbi no último domingo (24).

Segundo informações divulgadas pela ministra em um vídeo nas redes sociais, sua presença no estádio tinha como objetivo assinar uma ação do governo federal voltada para o combate ao racismo no esporte.

No entanto, o uso do avião da FAB gerou críticas por parte de parlamentares da oposição nas redes sociais.

Além da ministra Anielle Franco, outros membros do governo também estiveram presentes na ação, incluindo o ministro Silvio Almeida, responsável pelos Direitos Humanos e da Cidadania, e André Fufuca, do Esporte, além do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.

Durante o jogo, houve a divulgação do Disque 100 para denúncias de violações de Direitos Humanos no telão do estádio.

Nas redes sociais, parlamentares de oposição do governo expressaram críticas em relação ao uso do avião da FAB pela ministra para assistir ao jogo da Copa do Brasil.

“É só coincidência ela ter ido justo no dia da final sendo ela flamenguista, gente. Ela não pôde ir em momento algum antes disso. E o brasileiro segue pagando as viagens a lazer de Lula e seus ministros”, afirmou o líder da oposição na Câmara dos Deputados, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ).

Vale destacar que ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm utilizado aeronaves da FAB para deslocamentos, inclusive para passar fins de semana em seus redutos eleitorais.

Algumas vezes, esses deslocamentos não são devidamente registrados como compromissos de trabalho, o que levanta questionamentos sobre o motivo da utilização das aeronaves, em vez de voos comerciais que exigiriam procedimentos comuns de embarque e cumprimento de horários.

O uso de aeronaves da FAB é regulamentado por um decreto presidencial e estabelece uma ordem de prioridade, sendo primeiramente para casos de emergência médica, em seguida por razões de segurança e, por último, para viagens a serviço. As regras em vigor não permitem o uso dessas aeronaves para deslocamentos pessoais, como passar fins de semana em casa.