O prefeito de Rosário, Calvet Filho, que pertence ao partido Republicamos, está atualmente sob investigação em um inquérito civil conduzido pelo Ministério Público do Maranhão (MPMA).

A investigação tem como foco a suspeita de que o prefeito tenha utilizado pessoas interpostas, conhecidas como “laranjas”, para ocultar seu verdadeiro patrimônio.

O processo está sendo conduzido pela promotora de Justiça da Comarca de Rosário, Cristina Lobato.

Desde agosto, ela tem investigado possíveis práticas de enriquecimento ilícito envolvendo o prefeito, a secretária municipal de Educação, Lícia Calvet, e o assessor chefe de Assuntos Institucionais da Prefeitura Municipal, Jonathas Calvet. Importante destacar que o prefeito e seus dois auxiliares são irmãos.

Uma das principais evidências analisadas na investigação é a declaração de bens apresentada pelo prefeito Calvet Filho durante as eleições de 2020. Naquela ocasião, ele informou à Justiça Eleitoral que possuía apenas uma loja de celulares avaliada em R$ 150 mil.

No entanto, a investigação revela que o prefeito está pagando mensalidades de um curso de Medicina para sua filha, Laysa Calvet, em uma faculdade particular localizada em São Luís. O valor das mensalidades parece superar o total dos vencimentos recebidos pelo gestor público.

Além disso, o MPMA também está apurando a possibilidade de uso de recursos públicos para promover a imagem pessoal do prefeito durante as celebrações do aniversário da cidade de Rosário.

No que diz respeito aos irmãos do prefeito, Lícia Calvet e Jonathas Calvet, o Ministério Público destaca como indício de ocultação de patrimônio o fato de que eles utilizam veículos de luxo registrados em nome de terceiros.