Justiça

Homem que divulgou fotos da autópsia de Marília Mendonça e Gabriel Diniz é condenado

A sentença resultou na condenação de André a uma pena total de 8 anos de reclusão e 2 anos e 3 meses de detenção.

O réu teria realizado essas ações por meio de suas redes sociais, especificamente no Twitter. (Foto: Reprodução)

A Justiça do Distrito Federal proferiu uma sentença condenatória contra André Felipe de Souza Alves Pereira, em razão do vazamento das fotos das autópsias dos cantores Marília Mendonça e Gabriel Diniz.

O réu foi detido em 17 de abril e enfrentará acusações que incluem vilipêndio a cadáver, divulgação de símbolos nazistas, xenofobia, racismo contra nordestinos, uso de documento público falso, atentado contra serviços de utilidade pública e incitação ao crime.

O caso ganhou ampla visibilidade quando André foi acusado de compartilhar imagens das autópsias dos cantores Gabriel Diniz, vítima de um acidente aéreo em 2019, e Marília Mendonça, que faleceu em um acidente de avião em 2021.

Ele teria realizado essas ações por meio de suas redes sociais, especificamente no Twitter.

O juiz responsável pelo processo, Max Abrahao Alves de Souza, da 2ª Vara Criminal de Santa Maria no Distrito Federal, afirmou que as fotos e os comentários feitos por André tinham a clara intenção de humilhar e desonrar as vítimas, o que comprovou a intenção criminosa por parte do réu.

A sentença resultou na condenação de André a uma pena total de 8 anos de reclusão e 2 anos e 3 meses de detenção, com início do cumprimento da pena no regime semiaberto. Além disso, o juiz determinou a manutenção da prisão do réu.

No que se refere ao crime de vilipêndio a cadáver, o juiz ressaltou que o réu confessou sua culpa voluntariamente, admitindo ser o responsável pelo perfil @Odim_XXX, no qual compartilhou as imagens dos cadáveres das vítimas.

Uma perícia em seu celular confirmou as acusações. Além disso, as investigações revelaram que o mesmo perfil foi usado para fazer postagens ameaçadoras, com armas de fogo e conteúdo racista, agravando ainda mais a situação de André.

No que diz respeito à disseminação de símbolos nazistas, André Felipe argumentou que o nome de seu usuário era uma referência a um personagem de um videogame sobre a Segunda Guerra Mundial, negando qualquer vínculo com o nazismo.

No entanto, o juiz considerou a defesa insuficiente, uma vez que a imagem de perfil do réu exibia claramente uma suástica, caracterizando, portanto, a promoção do nazismo.

O réu confessou também os crimes de racismo e xenofobia, admitindo que postou mensagens ofensivas contra nordestinos e estrangeiros, chegando a sugerir tratamentos desumanos para esses grupos.

Adicionalmente, André Felipe assumiu ter utilizado um documento falso, que apresentava o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) de outra pessoa.

Segundo a decisão judicial, o réu criou o perfil @Klebold_OdiunX, fazendo referência ao massacre de Columbine, e compartilhou mensagens violentas e incitou à morte e ao uso de armas de fogo, com a intenção de causar pânico e perturbar o funcionamento de escolas.

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